Eu quis você e você me quis, e daí então, o universo conspirou.
sábado, 27 de março de 2021
sexta-feira, 26 de março de 2021
terça-feira, 16 de março de 2021
Não quero nunca te olhar como quem olha coisa pouca
Porque dentro dos teus olhos quase negros moram mares habitados de mistério
Que me pequeno barco navega, desorientado entre as brumas, mas louco pra te encontrar
Me guio pelas estrelas fantásticas que encontro no teu colo
Em teu peito, meu Cruzeiro do Sul, para onde eu sempre quero voltar.
Teus quadris tem curvas sinuosas que me perco fácil, mas no meu lugar, quem iria?
Há caminhos em baixo do teu umbigo que me levam a paraísos que só eu posso habitar
Como terra virgem jamais explorada
E não me importo em ser descobridora egoísta que não divido meu achado, meu santuário, meu ninho, meu lugar.
Lá eu posso escutar sons jamais ouvidos pelo mundo exterior, poderia fácil me afogar nas tuas águas enquanto te escuto, doce Yara, pois há prazeres que jamais entenderão os mortais.
Poderia petrificar-me de bom grado te olhando, me emudeço por vezes e em teus cachos me inebriar, redemoinhos inteiros que são encontrados nós rios e naturalmente, abaixo de teus ombros, e se você fosse uma Medusa, jamais deixaria Hércules se aproximar.
E teu toque me alucina, juro que ouro bruto brota de dentro de mim como nem mesmo Midas seria capaz de fazer.
Tudo que te rodeia é cercado de magia, de mistério, de profundo amor, como poderia eu olhar para teu mundo como se nada fosse?
Se tudo que quero na vida é nele habitar?
domingo, 7 de março de 2021
O mundo já não me importa! Há um peito para o qual eu quero voltar com a fúria do sol ao meio-dia, mas, com a leveza da primeira brisa da manhã, pouca coisa é relevante além disso, e tudo me remete aos olhos que me cativaram desde o princípio, até o fim que nem existe, e é por isso que é para eles que quero voltar. Tenho uma urgência latente que me consome todo dia, me desassossega sem doer, que eu me jogo sem temer. Minha prece é para o tempo, é pro universo, só eles podem me afastar de você, e eu rogo que sejam gentis e que vejam que mal não há em me deixar cada vez mais pertinho do teu colo, da tua boca, do teu ser, de você.
E o mundo? O mundo já não me importa! Eu só quero você.
segunda-feira, 1 de março de 2021
O primeiro 'eu te amo'
Teus olhos brilhavam no escuro
Meu coração nem cabia no peito e transbordava num sorriso que nem conseguia, nem queria disfarçar
tinha tanta coisa ali, e eu só conseguia olhar pra você
´é o momento certo pra dizer?´
É que aprendi a valorizar as palavras, elas tem poder, e eu queria dizer, mas não sabia como dizer
´o momento certo é o momento do sentir´
é o que aquela voz la no fundo da gente - que todo mundo tem - me dizia.
´de todo modo, se ela estiver prestando atenção, e ela está, ela sabe´
e em vez de falar, eu sorria, eu ria
Mas não era medo, estranhamente não há medo em mim quando estou contigo, era outra coisa...
Eu estava diante de um universo bonito de olhos escuros que brilhavam mais do que a lua naquela noite, o seu rosto todo iluminado me dizendo um ´eu também´, mas eu nem tinha falado nada!
Mas já tava tudo ali, né? As palavras tem seu tempo certo, mas elas chegam no tempo delas, mesmo que a gente não perceba, e ficam ali, na deslizando na nossa língua, e a gente fica tentando equilibrar elas, que besteira, né?
Por que não dizer?
Porque não dizer o que se sabe que sente?
Os sinais já estavam ali o tempo todo, o jeito que eu te olho, o jeito que eu te adoro, as conversas às 2 da manhã, aquela cumplicidade que tanto falam nos livros.
´então, pode falar, por que não fala?´
Em vez de dizer, eu sorria, mas aí, mais uma vez eu encarei aquele mundo todo, e meu coração batia tão forte que eu nem sentia, disfarcei e coloquei a mão no peito pra tentar sentir, nem parecia que ele tava ali.
Então, quando eu nem mais percebi, saiu:
´eu te amo´, tudo que eu queria dizer, mas estava te sorrindo o tempo todo.
E você já sabia, você me respondeu um ´eu também te amo´ que provavelmente também estava escorregando pela sua língua, e foi justamente ali que eu senti meu coração de novo, e ele batia aflito, e bonito, naquela noite que passou rápido demais, mas que não sai da minha cabeça, nem do meu coração.