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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Eu que jurei nunca mais escrever para ti



Forte o suficiente para durar quase sete verões,
Era grande, era intenso, era inquieto, era amor.
Hoje, pouco restou do que sobrou,
Foram tantas marcas, magoas, cicatrizes e chagas,
Que mal posso entender com exatidão quando tudo se partiu,
É sempre por um triz que se salva ou se perde algo que se estimou,
A muito tempo com zelo guardado, hoje nos resta um mero rancor,

De palavras não ditas e mal entendidos a parte,
Não me reconheces mais, logo tu que me conhecias mais que eu!
Não te reconheço mais, logo eu que te amei mais do que a mim.
Pobre de nós!
Nos amamos certo no tempo errado, encontramos amor num lugar sem esperança,

Procurei abrigo nos braços de quem me empurrou,
Um vale de lágrimas tive que passar sozinha,
Forte como sou, superei, me reergui, fui construindo barreiras para não mais me machucar,
Ao passo que sem mesmo me dar conta eu me afastava de ti,
Você, tomara um rumo diferente do meu, e como acontece com muitos casais na vida,
A vida nos separou,
Separou aquilo que prometemos para sempre cuidar.

É irônico um ser efêmero jurar amor eterno, sendo que ele nunca dura,
Assim como nós, mas foi amor.
Hoje, não me amas mais e o sentimento é totalmente reciproco,
Hoje, sei de tu quando outrem acaba por me falar, então mudo de assunto, o que posso eu dizer?
Não gosto de ver tua vida por fotos, pois antigamente eu te observava dormir
Não é um sentir falta doído, mas é uma lembrança que de tão boa doeu ter que macular.

Mas a liberdade nos fez agir como se deve, para frente é o caminho,
E no fundo do meu ser desejo a ti tudo que desejares a mim,
E ainda maior, e ainda melhor: que sejas feliz.
Em verdade sei que não posso ser tua amiga, tê-la de volta também não faz parte de minhas pretensões,
O que acaba sendo algo desastrosamente forte, porque para nós,
Num futuro breve ou distante, não resta se quer um só verão.

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