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segunda-feira, 16 de maio de 2022

À essa hora me deito, meu coração já está dormindo, suave há algumas dezenas de quilômetros de mim… mas eu ainda consigo escutar bater inquieto pelo teu retorno que não tarda a chegar.

domingo, 1 de maio de 2022

Ela desce como fogo pelo meu quadril

me tomando centímetro por centímetro em brasa quente

como quem desbrava mata virgem e se apossa do que ali esperava por ela.

Sem qualquer medo ou pudor me possui. Sou dela.

E de minhas pernas derrete lava fervente após a erupção de um vulcão

Que ela provoca e ela mesma devora sem medo algum de se queimar.

E ainda diz que teme o fogo. Não o meu.

Não do incêndio que provocamos na cama. 

Não há qualquer medo de se queimar, porque o fogo não a consome,

Ela que consome o fogo e o exaure apenas para reacendê-lo

Dentro de mim.