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sábado, 12 de dezembro de 2015

A espera

Passaram-se eras, primaveras, quimeras, e ai, quem dera, que você estivesse aqui.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Saudade

Quero falar em saudade,
Mas a saudade que sinto, ah, você não conhece não,
Minha saudade tão é sofrida, não é doída,
Ela é um canto no meu dia feito de sorrisos e recordações suaves,
Ela é a brisa que toca meu rosto no meio do fervor do verão,

Sobre a saudade que sinto,
Essa saudade que mora em mim e que quase ninguém entende,
Minha saudade é feita de todos os lugares que eu fui feliz sozinha,
Mas quis muito estar lá acompanhada,
Ela é a estima que tenho por meus amigos, a devoção que tenho pela Deusa,
Ela é a parte do infinito de minha alma que eu ainda não encontrei,
É o sorriso do moço bonito que a 7 mil quilômetros eu deixei,
Ela é a alegria de ter olhos para ver tudo que vi, e querer compartilhar,

Essa saudade que é só minha, oh,
Ela não me faz chorar, ela me dá uma plenitude em meu ser,
Sabe porque?
Porque é a partir dela que percebo, quantas coisas bonitas já vivi,
E que em tantos caminhos tortos, encontrei alguém que quis,
Que quero que trilhe toda essa jornada de novo e de novo comigo,
E é nessa saudade que vejo meu bem, é nela que descubro que:
A felicidade só é verdadeira quando é compartilhada.
É a minha saudade que me faz querer te ter aqui e dividir tudo comigo.
Mas ela não me divide! Ela me une em mim, no que já caminhei,
E no que eu ainda quero viver comigo, e dividir com você.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Brincando de saber quem sou é que vou aprendendo.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A folha e a pena

As vezes como folha, eu só caiu e deixo o tempo e o vento
A par de me carregar para onde for,
Onde o norte for mais distante e o horizonte mais sereno,
Vou planando. Sou leve, sou leveza, sou levada.

As vezes como pena, plena, me junto aos meus
Para levantar voo, as vezes suave seguindo a direção do vento,
As vezes obstinada enfrentando, indo contra, pertinente para chegar
Onde eu quero, onde eu preciso ir, para descobrir
Qual a cor do por-do-sol daquela praia distante, ou o quão próximo
Posso chegar daquela cachoeira sem me machucar,

Não importa, se eu quero, eu vou lá, sou parte de um pássaro livre
E nascemos para voar.
Sou leve, sou leveza, sou levada,
Mas o caminho que eu for, leve ou não, quem me leva sou eu,
Porque eu não sou só a pena, eu não sou só a folha, eu também sou
O vento que me guia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Caminhos



Dos caminhos, 
Ah, dos caminhos eu sei
De cada passo que já dei
De cada estrada porque passei
Dos rios e mares que atravessei.

Eu conheço o abraço
Das mãos e pés que ao meu lado estiveram
De quando tive que deixá-las ir
Para seguir o meu rumo, precisava seguir meu caminho
Mas na verdade eu ainda não sei

Se há curvas sinuosas, uma linha reta, desertos ou montanhas, eu não sei
Sei que vou trilhar o incerto, e talvez te encontrar
Talvez, só talvez, eu te encontre por lá

Mas com certeza eu vou me encontrar bem melhor
do que te deixei.
E nesse dia então, comigo, vás querer caminhar?

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Amor é filme

É que parte de mim está se constituindo apenas, uma parte em cada parte.
Porque eu sou Celine quando pego um avião sem planos totalmente traçados, quando vou viver em outro país, e por destino, sorte, ou poesia estou no lugar certo, no dia certo, na bendita hora que encontro Jesse, não num trem tentando me convencer a passar a noite com ele, mas em um bar com música latina, me envolvendo e me fazendo querer que descobrir como é conhecer o mundo a seu lado, antes do amanhecer, antes do por-do-sol, e querer absolutamente tudo outra vez antes da meia noite.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O tempo

Lembro de uma noite na praia em que a lua brilhava borrada no céu entre as nuvens, pálidas estrelas, um vento gentil batendo no rosto, o tempo, o tempo passava tão lentamente que eu poderia desenhar sobre ele, haviam manifestações de amor  felicidade tão inegáveis e beijos e toques e vontades, o tempo do meu tempo, aquele que eu realmente gosto de passar, aqui o tempo voa tão rápido que mal posso me situar, é o tempo deles. Vivo nessa dualidade, me encontrando onde quero e onde preciso estar, mas qual desses é o que me pertence? Ou eu que pertenço ao tempo, se é que ele existe.

domingo, 13 de setembro de 2015

Há Mais Mistério

Há mais mistério dentro desse teu cabelo negro que em mil luas a serem exploradas.
Há fascínio em sua boca que muda de forma com o seu humor, me conecta a um mundo que quero pertencer, que me fala uma língua estranha que aos poucos chamo de minha também.

Em teus olhos encontro labirintos sem saída, matas virgens e envolventes, trilhas intocáveis, um caminho sem volta que não quero deixar de percorrer, não temo o desconhecido, não tenho medo de você.

Em teu corpo encontro prazeres multiplos e instintos urgentes tão parecidos com os meus, há mais vontade do que tudo aquilo que já toquei, há vontade de ficar, de estar em ti e ao teu lado, estando acordado ou te vendo dormir, meu santuário está a centimetros de nós dois, onde também se encontra Deus, na delicada embriaguez do corpo teu.

Mas, é em sua alma que eu encontro o que não busco, que percebo tudo que não sabia, que encontro, sedenta, uma fonte inesgotável que quero beber, e semear jardins, e me florir de ti, te florir de mim, e me encontrar e me perder com a sabedoria de que se tratando de alma e de amor, nada tem fim.

Lembrete 2,3

Já tive o meu tempo de adolescência, aquele período negro que a gente sangra de paixão, tem aquele sentimento doído, latente, amargo, meio vivo, meio abortado e chama isso de amor, mas, a verdade é que a juventudade não sabe amar, ela não está pronta para o júbilo dos sentimentos.
Porque? Porque nem ele mesmo se reconhece, se entende e julga saber trilhar seu caminho quando tudo que faz é se perder, entende tudo ao revés.
Hoje os sentimentos são meus amigos, gozo da euforia e da felicidade, entendo e aceito suas possíveis perdas, sabendo que o efêmero é algo mais certo que o eterno, e assim aprendi a amar e viver cada momento como se fosse o ultimo, porque pode ser que seja e como for, enquanto a mim, eu serei feliz.

O Tudo

Quero tudo ao contrário e tudo ao mesmo tempo, mas, não quero pela metade, não! 
Eu quero o TUDO, a intensidade, a força, a voracidade e a paixão. Menos que isso,
Para mim é mais vazio do que o nada.
Há coisas que consigo sentir, exatamente como se fosse pela primeira vez, como algo inédito, como se eu sempre estivesse estado aqui: o som da sua voz.
Parece que eu acordei escutando ele todos os dias, o calor de seu corpo continua incendiando o meu, seus olhos continuam me cativando e me prendendo como nenhum outro jamais foi capaz, eu continuo sendo a mesma garota despreocupada que se emociona fácil e que escreve as coisas para não esquecer, continuo amando o pôr do sol e filmes cult, ainda faço piadas sem graça e tendo a enxergar o melhor da vida e das pessoas, e essas coisas, por mais pequenas que sejam, quero que sejam constante no meu ser, mas nem tudo é constante em mim, minha essência é a mesma, mas devo confessar que eu mudei.
Em alguns pontos acho que amadureci, evolui ou simplesmente me tornei critica demais para aceitar de bom grado, algumas coisas dentro de mim já estão num finito, para que outros inícios possam me pertencer. Ainda não consigo escrever sobre elas, mas eu sinto o doce sabor da mudança e fico contente com a forma em que elas me reconfiguram, me fazem caminhar um pouquinho mais nessa linha tênue de ser menina e ser mulher, de ser uma menina-mulher.
Aprendi a aceitar suas responsabilidades e fortalecer seus sonhos, que aprende mais sobre ela mesma e o mundo, que se desapega aos poucos das coisas que não lhes fazem feliz, como a metáfora das roupas, deixando para lá tudo que não me faz bem e aprendendo a viver com pouco, com poucos, que me dão muito e muitos momentos felizes, sorrisos sinceros, conversas instigantes, me envolvem em mundos que realmente quero estar, que me mostra que números não são necessários e que o tempo, ah, o tempo, o tempo é só uma armadilha, uma sábia armadilha que nos separa do que queremos, mas também é um caminho que leva até quem somos, hoje eu aceito o tempo, já não tenho medo do mundo, sou filha da eternidade.

O Perdão

Me perdoo por não ter as reações que esperava ter,
Me perdoo por não ser exatamente quem eu pensei que fosse,
Eu me perdoo por sentir e sentir muito,
Eu me perdoo por cada batida forte e rápida do coração que dói,
Me perdoo porque uma parte de mim queria que não doesse,
Me perdoo por que ainda contra a mina vontade, dói.

Me perdoo pelo choro engolido, pela lágrima que não caiu,
Me perdoo pelas palavras que eu não disse,
Me perdoo por todos os sorrisos que disfarcei ,
Me perdoo também pelas patéticas tentativas de ficar bem com frases de autoajuda,
Ou por aqueles porres que tomei,

Me peço perdão pelas bocas que beijei e que não me representaram nada,
Me perdoo pela tristeza sem sentido que causei a essa alma,
Me perdoo por achar que era mais forte do que eu sou,
É que eu sou humana, você sabe, você me perdoa?
Eu me perdoo por sentir raiva, dor, ciúme, mas não peço,
Nunca vou pedir perdão por ser humana,
Não posso pedir perdão por cair e levantar, é disso que sou feita.
É assim que aprendo a dizer perdão.

Infinito Particular

O meu amor tem um gosto sereno que só a gente sabe, sua intensidade, a forma como devora meus sentidos e me faz transcender eu sei, ele sabe, nós sabemos, e isso já é mais que suficiente, mais que perfeito, no passado, no presente, no futuro, no tempo que não existe, no mundo que existe porque dois universos se encontraram e fizeram tudo acontecer.
Não que eu esteja ocultando, mas tão pouco vejo a necessidade de estar expondo ao mundo, me rasgando em declarações virtuais, todos os eu te amo que eu quero ouvir eu escuto a centímetros de meus ouvidos, muitos deles são ditos com olhares, com 'bons dias' dados com beijos, com café da manhã na cama ou até com cinco minutos a mais de sono no peito inquieto do meu bem, eu não preciso que ninguém curta isso, meu amor é compartilhado entre nós dois, e esse é todo o público que eu preciso ter, a particularidade de dois universos que disseram sim. O universo dele me amando e o meu o amando de volta.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sobre viagens e liberdade

Sentir essa liberdade na estrada e essa frustração boa de ser o herói de seu trajeto como todos os heróis que nos inspirava outrora, até que tomamos o rumo e o controle de nos deixar ser protagonistas da nossa grande aventura que é a vida. A inspiração maior era tocar o intocável e ir viver! E lá vamos nós mais uma vez descobrir o desconhecido, mesmo que seja só desconhecido aos nossos olhos! Living la dolce vitta!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Ao despertar


E se eu quiser acordar ele todos os dias com beijos e canções de amor?
A boca cheia de sorrisos olhando para aquela preguiça de quem ainda está sonhando
E que vai acordar para sonhar
E se eu quiser levar ele para o meu mundo e descobrir que o impossível beira um rio que estamos prestas a nadar?
E se nada nesse mundo for mais forte que a vontade que eu sinto de estar?
E se eu estiver querendo aqui que o tempo passe mais rápido só para te ver dormindo?
E se dormindo eu te encontrar e te despertar a alma com beijos e canções de amor?
A felicidade vem crescendo a cada dia, é a alma sabe que tudo isso só começou.
Eu tô chegando, eu tô chegando, meu amor.
Eu em teus braços ao despertar, o despertar da consciência da felicidade,
Da felicidade que está caminhando para mim e eu, eu estou indo até você,
Eu tô chegando, eu tô chegando, bem amor. 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A alma do mundo


Saudade do som da água batendo forte nas pedras, da pressão dela quando você tenta se aproximar e ela te diz "quem manda aqui sou eu", e você entende e contempla e mergulha nas águas geladas que te renovam o fôlego e a vida, e você sai dela tremendo de frio, encharcado como remento que acaba de nascer e só está descobrindo o que é viver, explorando e descobrindo, o mundo, a mim mesma e sobre tudo a imponência da natureza selvagem e viva. A alma do mundo.
Eu eu clandestina. Faço amor e poesia todo tempo em qualquer lugar, mesmo quando não posso, ninguém vê mas minha alma ta amando.
E é com minhas mãos que eu desenho teu corpo no escuro, quando o desejo vem e a solidão se vai.
E fico aqui pensando que mulher eu serei quando encontrar o homem que você será. Dois desconhecidos que se conhecem como ninguém.
E se eu te disser que eu prefiro o teu colo a qualquer quarto de hotel?
Que eu sempre vou preferir um colchão velho no cão a uma cama luxuosa
Que minha melhor noite é dentro de uma barraca tendo o céu com milhares de estrelas como teto
Que há bem mais beleza no seu rosto ao acordar do que em milhões obras de arte.
Eu gosto do simplicidade e ainda é surreal para mim poder dividir isso tudinho com você
E dividir a mim sem me perder, só me somando ao te amar
Em conhecer lugares incríveis a seu lado, e outros tantos sozinha e pensar 'vou te trazer pra cá'
Para você ver com seus olhos tudo que meu coração te mostra, mesmo quando você não está.

domingo, 24 de maio de 2015

O poema do corpo



Ele fazia poemas com a boca,
Enquanto percorria meu corpo,
Gentilmente desenhando canções de luxúria,
Com a língua, com vontade.
Arrepiando e inflamando tudo por onde ela passava,
Com urgência, com desejo.

De suas mãos saíam canções inexatas, não equalizadas,
Que me faziam cantar gemidos, sussurros, 
E eu pedia, e eu implorava por mais, e mais e mais.

Era teu corpo que me enquadrava bem na sua retina,
Que me molhava e dilatava a minha, e me deixava assim,
Pronta para ser protagonista do ato,
E ele? Ele estava ali como um pagão devoto em terra de deuses,
Pronto para satisfazer a mim, sua santa maculada,

Quando ele invadia meu santuário para me levar a outro céu
Quando estávamos no mesmo ritmo e ele me seguia para o paraíso
E se extasiava nesse intento, ele era o poeta e eu a sua musa,
Sua mulher, sua santa e sua puta.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O leão, a bruxa e a morte

Eu sou um pobre leão sedento por sangue e por vida
Que chora por entender tudo aquilo que eles ousaram esquecer
Sou eu pobre menino assustado que vê sua pipa no céu
A voar, a voar e voar, e não entendo porque cargas d'água eu tenho pés
Eu tenho pés, não tenho assas, não sei chegar onde eu quero,
Não sei ouvir as rezas das senhoras nem os conselhos de minha mãe,

Eu sou uma poderosa bruxa sedenta por conhecimento e magia
Que chora por entender tudo aquilo que eles ousaram esquecer
Sou uma pobre menina excomungada pelo padre e pelo pastor
Que vê suas verdades serem chamadas de mentiras e deturpadas
Por entre livros e programas de TV,
A verdade hoje em dia é daquele que a pode comprar,
E meu poder não compra uma transmissão, uma cadeira no senado,
Não tenho paciência para as blasfêmias e fogueiras que você
Como um santo homem sábio que finge de tudo saber armou pra mim,
Sou filha da lua que segue suas fases, que está cheia de vida na cheia
E que sangra na minguante, sou filha da terra, por isso para muitos
O céu é um lugar que já não posso entrar, mal sabem eles que fui eu
Eu que ergui seus mais divinos altares, nada existiria sem mim,
Eu sou tudo, e de tudo eu tenho, mas eu ando desacreditada,
Eu estou sem fé e sem santo, sem casa e sem templo
E para mim, tudo o que eles não tem é tempo,

Eu sou a morte que chega primeiro aos pássaros em pleno voo
Que te encontra numa certa esquina com a face de um ladrão
Ou sou aquela curva na estrada que você não soube evitar
Porque em verdade era lá que estava eu, de braços abertos
Pronta pra te ver voar,
Sou, sou a temida morte sedenta por sangue e por almas
Que chora por entender tudo aquilo que eles ousaram esquecer,
Eu sou a pobre morte indesejável e inevitável que em meu canto
Em algum e qualquer que seja o lugar, espera você.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Em teu nome


E o que me prende é a incerteza de não saber, mas de sentir.
A alma de tão clara chega doer os olhos,
O sorriso vem manso como uma canção de Tiê,
Mas eu, eu realmente não sei o que quero dizer,
Pode ser sobre chuva ou bossa-nova,
Ou essa estranha saudade bonita que sinto de você.

O que sei é que o tempo não contempla o tempo,
E afinal, quanto tempo se passou,
Desde que minha alma te deu um beijo meu?
Eis que aqui não falo, confesso,
Eis que aqui meu refúgio é meu e teu,
Como o pouco do muito do que senti
E dessas lembranças casuais que me invadem a mente
Que mentem para mim quando me dizem que é o fim
Sei que não é, pois tenho cravado na mente 
E em teu nome mil vidas viver em um só momento,
Momento de reencontro, momento de desejo,
Momentos sagrados na mais completa escuridão de um beijo
E neste sentir eu poderia ali ficar até dormir.

E então, como uma mera pagã em terra de deuses
A tua lembrança apareceria, me despertaria,
Me chamaria pra dançar, porque só sei dançar com você,
E assim, em palavras sinceras te desenho dentro do que sou
E proclamo então a tua boca um reinado meu,
Como quem da morte zombou quando foi embora 
E fez todo mundo achar que o amor morreu.

Mas, amor não morre, amor aprende a encontrar um canto que possa estar,
Ele não pede permissão, ele não nos faz escravo, mas exige servidão,
Ele, pelo simples dom de ser eterno invade e fim,
Da mesma forma que as noites te encontro em meus sonhos,
Te encontro para tantas outras aventuras viver,
E que feliz seria eu se pudesse um dia, de amor morrer.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Adoración


Mientras pienso en ti, te debujo sin bolígrafo, sin papel,
Debujo tu cara en la obscuridad de la noche,
Cuando la mas bella estrella del cielo es tu sonrisa,
Cuando mi único nuerte es tu mirar.
Es en el medio de la noche que debujo tus ojos,
Mientras camino con pasos pequeños,
Pequeños, todavía con prisa, prisa de quien sabe lo que quiere,
Y sé bien yo que quiero debujar mis manos en tu pecho,
Como una chica que solo está empezando a saber lo que es el placer
Que es tocar el objeto de su adoración,
Quiero calentarme en tu cuello, como alguien que por mucho tiempo,
Há tenido el frío como su mas grande amigo,
Quiero yo quizá vivir en tu cuerpo como un tatuaje,
Como algo que mismo no estando, continua justo ahí: donde estás tu.
Quiero acostar mi cuerpo sobre tu cuerpo,
Y mas que nada irradiar todo el amor que tengo en mí,
Que pasa para ti sabiendo que las almas comungan del mismo ventre,
De la misma madre que se llama amor,
Aquella, que tan, tan sabiamente me enseñó a debujar,
Debujar mi amor en ti y para ti.
Y para ti mi adoración, yo tengo todo,
Para ti mi amor, solo tengo la eternidade.

domingo, 18 de janeiro de 2015

E é pelas noites, andando pelos becos que posso sentir o aroma dos ralos e das bocas de lobos, onde eu vejo as bocas dos homens se tocando com a urgência que não ousariam fazer pelo dia, porque pelas noites eles juram seu amor que não tem por suas mulheres,  aquelas mesmas mulheres que se desejam pela tarde quando seus maridos não estão em casa, quando levam seus filhos para a escola.
Seus filhos matam aula para ir aos lugares mais insólitos que seus pais jamais ousariam por os pés, ao menos nessa idade.
São jovens com fardamento escolar em cabarés aprendendo a luxúria e as coisas da vida um pouco cedo demais, tão cedo que as vezes ensinam e  voltam pra casa com seus cabelos cheirando a cigarros baratos, as vestes manchadas de vinho, são os jovens que se entorpecem nas portas dos banheiros, e que voltam cedo demais para sua casa, para cumprir o figurino, fingindo ser alguém perfeito que está longe de ser.
E na igreja pedem perdão pelos pecados que não estão arrependidos de terem cometido, fariam de novo, e nada acontece porque dentro da segunda vida não há nada mais sincero que vestir a sua máscara, a fachada é o novo negro.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A um ano atrás


Quando eu sai da minha casa,
quando eu peguei aquele avião eu não esperava encontrar,
do outro lado do continente, em teus braços um lar,
Eu fui sem expectativas e sem procurar encontrei,
Um canto manso no teu peito, um novo reino inventei,
Eu mal sabia que o vento estava me guiando,
em brisa e sereno para o furação que é seu olhar,
Eu mal sabia que o tempo estava profetizando,
em minha boca o teu reinado,
A casualidade é bendita por que ela sabe,
o exato momento de nos fazer encontrar,
E eu lembro daquele dia com um sorriso no rosto,
mas um ano atrás eu mal saberia que iria encontrar,
No teu peito manso e inquieto um lugar, um lar
Que a um ano atrás eu nem sonhava encontrar,
Mas nossas almas brincalhonas já sabiam, sim, elas já sabiam.