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quarta-feira, 31 de outubro de 2012



Mas você deveria saber,
Estamos falando de mulheres,
Ainda que amantes,
Em sua essência sempre serão rivais.

domingo, 28 de outubro de 2012

A paz de estar em par com deus



De repente, aquela dor tão latente se torna algo morto e distante  como ecos vagos que mal posso ouvir, o que sinto, o que verdadeiramente posso sentir é essa paz de espírito, essa união com o universo, essa incrível sensação de ter me encontrado dentro de mim, nos Teus braços, na minha fortaleze  porque Você vive dentro de mim.

domingo, 21 de outubro de 2012

Agora eu vejo, aquele beijo, era mesmo o fim.



Acho que eu chorava tanto enquanto te olhava dormir porque eu sabia que não seria eterno, mas, eu queria tanto, tanto! Mas no fundo do meu coração, eu sabia.




Ei, é você mesmo! Levanta esse rosto menina,
Veste aquela roupa bonita, pinta seus olhos com aquele lápis preto,
Aquele que deixa seus olhos mais verdes, e eu sempre acho que são azuis,
Eu gosto tanto de te ver bonita!
Vai lá garota! Poe aquele sorriso bonito que te faz apertar os olhos,
aquele bonito, aquele que parece com sorriso de criança;
aquele sorriso gostoso que eu tanto gosto de ver;
Faz graça com qualquer besteira, usa da ironia, nota tudo que eu não me dou conta;
Pelo simples fato de estar ocupada demais olhando só para você;
Me morde quando eu não estiver vendo, faz alguma coisa,
Faz qualquer coisa, só não chora;
Ou quer saber? Chora! Chora toda essa dor que eu não sei consolar;
Chora e põe pra fora o que parece querer te matar;
Chora no meu colo, chora em casa, chora escondida no quarto;
Mas chora, põe pra fora, põe pra fora o que eu não posso tirar;
O que só o tempo pode fazer cicatrizar; 
Eu queria tanto te cuidar!
Vou te olhar e pensar que isso vai passar, e vou estar com você,
Mas eu não vou dizer, você não vai ler, vou deixar subentendido,
Até que eu possa ver esse lindo sorriso que me faz brilhar,
Vou te ver com aquela roupa bonita e vou dizer:
Ei, é você mesmo! Menina, eu quero te amar!

domingo, 14 de outubro de 2012

Eu acredito no amor




Acredito na força do amor, que ele pode mudar o mundo. 

No amor, em todos os amplos sentidos, amor de irmão, amor de mãe, amor de amigo, amor pela mãe do amigo, amor pelo cachorrinho da prima da vizinha, por aquela flor que nunca reguei, amor por alguém que nunca vi, amor por quem vejo todos os dias, amor dito, amor oculto, amor de admiração jamais revelado, amor construído, amor fluído. Eu acredito no poder do amor.
Imaginar um mundo em que todos olhem uns para os outros com um pouco mais de amor na retina é um pensamento quase utópico, mas acredito que não seja impossível, todos os dias nos deparamos com dezenas de sentimentos, que acabam indo e voltando a cada segundo, a cada respiração, fluindo pelos poros, que nos fazem falar coisas que não queremos, que nos arrependemos, que nos fazem dizer a palavra que não deveríamos nem saber o significado: "me desculpe", acredito que um mundo em que transpirássemos mais amor não precisaríamos saber a dor da perda, a importância do perdão, você pode dizer que sou uma sonhadora, tudo bem.

Eu acredito na força do amor, por tudo e por todos, embora não seja sábia o suficiente para demonstrá-lo como eu realmente quero, mas eu acredito que isso não é só um sonho, eu acredito na força do amor.

sábado, 13 de outubro de 2012

Tantos corações querendo ser o dono do meu, querendo ao menos entrar, perguntando "tem lugar pra mim?" e eu nem ao menos sei se vale a pena deixar alguém entrar, a solidão ocupa muito espaço.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Noite - Parte I




O céu estava completamente estrelado, límpido, belo, o que era de se esperar, não havia nada que não fosse estrada e um horizonte sendo tomado por estrelas que iluminavam todo o caminho, uma lua enorme e prateada que deixava tudo ao redor parecer mais bonito, até as árvores que a muito tempo me faziam tremer de medo, crianças sempre imaginam dragões onde eles não estão.
Mas, dessa vez era diferente, eu já era bem grandinha, e não estava sozinha, estava com ela, ela? Bem, ela sorria com dominação enquanto dirigia para algum lugar que eu mal sabia onde era, e talvez nem ela. 
A música estava alta, quase tapava meus ouvidos, mas tudo bem, não estávamos conversando, não estávamos brigadas, mas queríamos, cada uma a seu modo aproveitar aquele momento de liberdade, afinal, quem sabe o dia de amanhã? Então, foi desse jeito que saímos daquele bar, com o propósito de viver o hoje, de dirigir a cem por hora, sem nos importar com placas ou sinais, sem nos importar com o fato de já termos bebido o suficiente para apagar a qualquer momento, ou como voltaríamos, voltar para onde?
Ela parecia saber muito bem o que estava fazendo, acho que ela era mais da estrada do que seu ar de garota séria da cidade poderia demonstrar, mas, o que eu sabia dela? É aquele tipo de pessoa que você conhece por anos, mas ao mesmo tempo, não faz ideia de quem seja, mas eu sabia que eu a queria, e ela a mim.
Sem nenhum aviso ela jogou o carro para um descampado que não tinha cerca, o que chegou a me assustar por alguns instantes, mas logo ela estacionou, abriu a porta e levantou, esticou os braços e se espreguiçou, olhou para trás e só disse "não vai descer também?" Seu ar estava totalmente descontraído, o álcool faz milagres com algumas pessoas.
Mesmo estando muito tonta eu abri a porta e cambaleei em sua direção, fiquei a seu lado, quieta, sozinha olhando aquela imensidão de estrelas que pareciam me engolir, sentei no capô do carro, quando me dei conta já estava deitada, perdi ela de vista, perdi o céu de vista, fechei os olhos e senti aquela brisa gélida da noite percorrer todo meu corpo, e logo depois minha blusa sendo levantada e alguma coisa parecida com areia caindo suavemente em meu umbigo, não era areia, era pó.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ela, o vento, a alma



A sensação é clara, como o ar do campo entrando no pulmão;
Ela respira em plena noite, como quem respira as seis da manha;
O ar é leve, mais leve que seu estado de espírito;
Ela sente frio por dentro, e não é aquele tipo de frio que se resolve tomando conhaque;
No fundo ela cansou de andar pelas ruas sem destino;
Ela só dirige seus pés seu rumo e já faz algum tempo, mas não a condene;
Ela vem tentando o máximo que pode, ela até quer ser uma boca garota;
Mas ela não sente, não sente mais nada, nem vontade de ir, nem vontade de ficar;
Oras, o que ela realmente quer? Qual o sentido dessa caminhada?
Ah, como era bom descobrir!
Mas ela realmente não sabe. Não, não sabe.
Mas sabe se comparar as pegadas deixadas na areia que o mar apaga;
As vezes gentilmente como um beijo, as vezes com a violência de um atropelamento;
Mas a areia continua ali, não muda, não acaba, ela já não sente mais nada;
Ela sente o salgado do mar e o frio do vento, como quem respira pela noite;
Como quem deixa o mar guiar a alma para algum lugar que essas palavras,
Para que essas palavras possam fazer algum sentido.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Everything about she




Nunca soube escrever sobre você, lá vai mais uma tentativa, espero que não fique tão ruim!

Hoje me perguntaram: “entre as pessoas com as quais convive, quais mais admira?”, e sinceramente não tive como pensar em outra resposta: dona Selma, minha mãe, incrível é pouco pra descrever a grandiosidade dessa mulher!

E não tem como ser outra pessoa, eu costumo pensar que as úncias pessoas até hoje que conseguiram me fazer chorar foram mulheres, não só porque só elas conseguem me tirar do sério, mas sim porque são as únicas que consegui amar de verdade, ter todos os extremos de sentimentos, e entre todas as poucas que conseguiram, você tá no topo da lista, viu?

Está em todos os topos, da pessoa mais admirável, que abre mão de tudo pra cuidar dos seus, que nos quer tão grandes e maiores do que podemos enxergar, mas você consegue ver tão claramente que não aceita menos que isso, que é mulher o suficiente para cuidar de 4 filhos geniosos e de personalidade forte, que apesar de tudo ainda é uma menina que quer cuidar e ser cuidada, que tem a família como os melhore amigos, que sabe ser a pessoa mais raivosa do mundo quando está com raiva, e a mais serena das criaturas quando olha pra sua gatinha de estimação, ou pra qualquer animal do mundo, com seus sonhos tão bonitos, você é tão bonita! Sempre de salto, cabelo arrumado, batom, acho que nunca te vi desarrumada na vida, organizada, canceriana demais! Guerreira demais, meu Deus quem seria eu sem você? O que seria? Tem noção que você é alguém tão incrível que eu não tenho habilidade na escrita suficiente para descrever qualquer coisa sobre você? Tudo parece tão pouco comparado a você, minha mãe, minha rainha, amor da minha vida, você é tudo e tudo é você, não sei explicar, mas eu consigo entender, porque eu também sou um pouco de você.

No fim das contas, mãe é tudo sobre você, a pessoa que mais amo e que mais tem amor no mundo, não conheço ninguém que possa ser capaz de amar mais do que você, de sua forma, mas de sua forma totalmente sincera, única. Eu queria muito dizer que te amo agora, mas você está dormindo, mas amanhã vou fazer como ando fazendo, chegando como quem não quer nada, me aproximando, afagando seu cabelo, ainda sem jeito, como quem não tem costume, mas que guarda toda a vontade de expressar no mundo, dar um beijo em sua testa e dizer que te amo, amo, amo, e que do meu jeito vou ser o melhor que eu puder para mim, não sei explicar, mas você consegue entender, porque você também é um pouco de mim.

Eu te amo! 


Você sabe, eu me apaixono todo dia, mas hoje, hoje eu me apaixonei por uma menina; e eu nem sei o nome dela! Não sei explicar porque, mas me encantei pelo seu sorriso e a trança solta em seus longos cabelos, aquela franjinha cheia que casava perfeitamente com sua face, seu jeito de mulher e sua timidez ao encarar meus olhos por algumas frações de segundos fortes o suficiente para me tomar a alma, naquele estúdio de Ballet  enquanto aprendíamos sobre luz e sombra, sentíamos a magia da sétima arte, não trocamos uma palavra, mas sabe? Hoje eu me apaixonei por uma menina, e nem ao menos sei seu nome! Sei que sua pele é branca e suave, de tal forma que quase posso sentí-la, sei que ela é mais alta que eu e tem uma silhueta delicada e poética, sei que ela desenha e tem sonhos tridimensionais, sei que seus cabelos são castanhos, não sei afirmar se seus olhos são castanhos, verdes ou cor de mel, sei, que sua boca é tão rosada e seus lábios são tão delicados… Tudo nela se destacava naquela iluminação bem evidente, com seus contrastes e sua glória sob refletores que não lhe davam o devido enfoque. Estava num canto da sala, mas não se apagava, não mesmo! Não para mim, pois eu me apaixonei por uma menina, e nem sei seu nome, mas eu me apaixono todo dia. 
Quiça nas frias noites de inverno, quando o mais alto dos suspiros é o vento que corta a noite, é o vento que gela a alma. 
Eu te perdi, em troca, eu ganhei o mundo, mas ainda não sei se essa troca foi exatamente justa. Eu sinto sua falta, de uma forma que talvez você nunca sentirá a minha. 

“Não há arrependimentos, apenas amor, seja como ele for.”

Me propus a ver-te em sonhos,
Dormir com a alegria de sonhar,
Com a alegria de ao menos ali te ver,
Não ter que me delongar com palavras saudosas,
Ou tristes versos, não!
Nada disso,
Em meu sonhos haviam sorrisos suficientes para fazer feliz uma vida. 

Apenas faça o que seu coração estiver disposto a sentir.

Acho que eu queria que fosse diferente, eu queria que desse certo em algum momento… Que fosse alcançável, acho que eu queria uma resposta, sei lá, um “vamos tentar”. 



“Chega a ser dilacerante sentir, em algumas situações, como as que frequentemente vivo, parece ser um mero capricho insano não seguir seu coração quando ele clama; oras, capricho seria seguir ele, mesmo sabendo como tudo isso acaba, porque sim, acaba, e o que sobra são cacos de um coração, que um dia fora inteiro, me recuso a seguir esse capricho insano e doentio, mas, no fundo, eu sigo! Ah, eu não queria sentir, a verdade é que a felicidade está na ignorância. Eu seria feliz se não conhecesse o teu beijo.”


Marcella Magalhães em Benigna - Izis Vieira  
Sabe o que mais me dói? É saber como as coisas são, saber como elas acontecem, como estão, como vão estar, entender cada mecanismo dessa fluência, do estranhamento, cada centímetro dessa dor, o que dói é saber como termina, porque sim, termina. 

Será que poderia?




Poderia haver alguém, alguém que gostasse de fotografia, que sentisse as mudanças da cor do céu, na mesma fluência que o sol não gira, mas, parece girar;

Poderia haver alguém que gostasse de ler mangá com mais paixão do que qualquer noticiário da TV, que se encantasse por mundos dentro de mundos, mundos inventados, mundos tão coloridos em páginas preto e branco;

Poderia ser alguém que também soubesse ver a beleza de um anime, OVAs emocionantes, que gostasse não apenas de assistir, mas mergulhasse na trama, que tivesse dentro de si um pouco de drama, porque não?

Alguém que amasse a 7ª arte como se fosse uma religião, que visse tudo em cenas, esquadros, quatros, fotografias velhas, vintage, que soubesse sorrir mais do que chorar;

Poderia haver alguém, alguém no mundo que parasse para me ouvir, mas que me calasse com beijos apaixonados, que soubesse ser todo dia um personagem, mas todos eles apaixonados por mim, por mais ninguém;

Bem que poderia ter alguém, alguém em algum lugar que me olhasse e me enxergasse por dentro e que não me largasse por nada no mundo, que soubesse que quando sentisse frio, era só procurar o meu calor;

Poderia haver alguém, alguém que fosse lindo, lindo nos sentidos mais amplos que me fizesse me apaixonar diariamente, que soubesse que o amor não se constrói, se sente e não se evita, não se elimina, pois, quando o fazemos eliminamos parte de nossa alma junto dele;

Alguém que sentisse meu cheiro no vento e corresse para me ligar, que me fizesse passar horas e horas, até a bateria acabar, me fazendo perder a noção do quanto odeio telefones, e eu sentiria falta ao desligar;

Poderia haver alguém. Não precisava ser artista, nem comunista, bastaria olhar o céu comigo no escuro e entender das estrelas, amá-las como amaria meus olhos, sem jamais os comparar;

Poderia haver alguém que ficasse um domingo chuvoso inteirinho de baixo da coberta e acordasse com vontade de fazer amor até segunda-feira;

Esse alguém poderia também não fazer nada o domingo inteiro e leria um bom livro enquanto eu o olharia até cochilar, e despertaria e continuaria olhando, e cochilaria novamente, e acordaria e faria cócegas, e cobriria de carinho e beijo, me colocaria no colo e prepararia sem pressa algo gostoso para comer;

Esse alguém poderia ser questionador e me irritaria o suficiente para eu querer matá-lo, mas seria importante o suficiente, seria amado o suficiente para eu nunca fazê-lo, e eu nunca desejaria passar uma noite brigada com ele, o coração de um aperto só me faria dizer que não gosto disso, e mais uma vez dormiria sossegada nesses braços, mesmo com meu sono inquieto, cheio de mundos a percorrer;

Esse alguém não se importaria de ter a coberta roubada durante a noite e acharia graça quando me visse falar seu nome enquanto durmo, pois saberia que até sonhando eu teria em quem pensar, quem buscar;

Poderia haver alguém que me visse como uma princesa, não importa o quão desarrumada eu estivesse, mas com gosto me ajudaria a melhorar;

Poderia haver alguém que lutaria por mim, não deixaria ninguém nos afastar, nem ele mesmo;

Poderia haver alguém que soubesse amar de corpo e alma, e que saberia que uma vida é pouco para amar, apesar das coisas feias do mundo, então não perderia tanto tempo, mas voltaria sempre para mim, pelos séculos, e séculos, e séculos, mesmo que só houvesse uma vida, voltaria por mim;

Poderia haver alguém no mundo, ele não precisaria ser perfeito, nem ter tudo que citei acima, mas poderia haver alguém no mundo, sim, poderia haver alguém, alguém que pudesse, que soubesse, que quisesse;

Alguém para me amar, bem que poderia haver! 

Mas você não entende, você nunca entendeu essa minha ânsia de cuidar de você… Mesmo que não sejas mais minha.

É a chuva que cai silenciosa lá fora, é a música baixa que toca em meus fones de ouvido, tão triste e que me transporta para longe daqui, para algum lugar que só minha alma sabe o caminho, é um misto de sorrisos e lágrimas, é um canto profundo dentro de mim que a muito não visitara, é o torpor que só o frio e a solidão podem me trazer, e ao contrário do que muitos pensam, é um ótimo lugar para se estar. 

Cuida desse coração menina, ele que é tão lindo… Porque o deixas assim jogado aos cantos, como se nada fosse? Cuida desse coração menina! Ele é o que de melhor tens em ti.




Eu queria mesmo que você fizesse parte de tudo que me rodeia, do que me faz bem, o tempo é curto e não posso gastá-lo com mentiras, ah, não! Como disse, sou sincera demais para um mundo tão voraz, também sei mentir, mas hoje, essa noite não! Eu sinto falta de você, de sorrir com você, da calma que sua respiração me traz, de poder viajar, dormir no teu colo, de puxar toda a coberta, de me aborrecer, mas um motivo maior que eu sempre me fazer voltar, sinto falta de te ligar toda manhã e te falar sobre as coisas incríveis do meu dia, ou da monotonia, ou reclamar um pouco, te contar contente sobre as coisas do meu mundo, de te descrever cada segundo, daquele tom azul do céu, daquele calafrio na madrugada, daquele sonho bom que tive com você, de quando éramos bem mais nós do que apenas um eu e um você lá bem longe, em algum lugar que não posso te alcançar. Só sinto sua falta, e hoje eu não vou negar. 

Minha melhor câmera são teus olhos, baby.

Um frio perverso; uma solidão de gelar a alma; a força tomando conta de mim; já não tenho nem a raiva, nem a calma, hoje só tenho a mim. 

Como matar o amor





Então ela virou pra mim naquela tarde de Maio, me olhou no fundo dos olhos com um pouco de tristeza disfarçada, então de súbito me perguntou: “Você poderia me responder o que mata o amor?” Eu parei e pensei, mas, em verdade não precisaria de toda aquela pausa que dei para dizer-la o que sempre soube: “Indiferença. É frio e distante o suficiente para apagar qualquer chama… Até a do amor!” Ela concordou e continuou do meu lado, pensando nisso, mas, sabia eu que ela não tomaria nenhuma ação.


Caminhei por calçadas conhecidas,
Os mesmos caminhos de sempre, 
Buscando nada encontrar,
Encontrando rostos conhecidos, 
Mas nenhum que realmente me fizesse falta, 
Que eu gostaria de ver. 

É nessas idas e vindas, 
De ruas, asfalto 
E  esquinas que me pergunto por onde anda você.

Eu quera ser diferente,




Eu queria ser fria, eu queria não me importar, ou ao menos saber fingir, acho que sempre foi isso que faltou em mim, a arte de blefar, blefar quando não tem mais nada a fazer.

Queria sentir menos, queria que meu coração não absorvesse tudo ao mesmo tempo, queria que não pesasse, oras, não deveria ser leve? Ao menos foi sempre assim que eu achei que fosse, que era, que é, não sei, só sei que atualmente meus sentimentos estão bem desconfortáveis, ainda tentando se encaixar num corpo de uma jovem mulher. Uma jovem mulher que no momento só queria não sentir tanto seu coração bater, doer, implorar alguma coisa que nem ele mesmo sabe, que sabe que não pode ter, que tem tanta vontade de dar, são as asas de minha alma, tão presas nessa gaiola almejando voar, voar, voar, eu sou a liberdade, o amor e a leveza.

Mas também sou o peso, a agonia, a tristeza, é a felicidade e pesar de olhar pra lua, é a menina, a mesma menina que confundia luzes artificiais com o brilho das estrelas, nunca soube escolher direito por onde se guiar, ia para onde a estrada a levasse, para onde os pés deixassem caminhar, sempre soube muito de entrega, e teve que aprender sobre proteção, a nova tarefa é saber medir.

É que eu nunca aprendi a desistir de meus sonhos, a deixar de lado, a não batalhar, uma guerreira amazona cheia de mistérios, mas que também não sabe ganhar suas batalhas, batalha contra o tempo, contra as adversidades, contra os conceitos, contra as possibilidades, alguns diriam até que contra a razão, esse é o problema, me sinto lutando contra tudo e não enxergo nada a meu favor.

É o bom e o mal de se sentir completamente sozinha.

Ah, solidão, a velha amiga! Talhada na parte sólida da alma, que dói cada vez que o vento está frio e não se tem ninguém para abraçar, quando tudo é solidão, é o estar só que te bem quer. Mas a gente só pode ir para onde a estrada vai, o perigo é se acostumar ao caminho, é gostar de ser sozinho e se trancar um pouco demais, não gosto de me trancar, não gosto de fingir sorrisos, não gosto de mostrar tristeza, o que chega a ser um grande problema quando se vive num mundo em que todo mundo, de certa forma, espera algo de você, e você espera algo maior do que todo mundo, nesse imenso desafio que é ser eu. Ser ou não ser, eis a questão.

Não sei, só sei que está bem duro, meu irmão! Mas, talvez eu te encontre no caminho, talvez a música me guie até você, talvez meu coração aperte um pouco mais e eu vá ao teu encontro, talvez sim, talvez não. Talvez eu aprenda a deixar pra trás, talvez eu nem sinta mais, não sei, não sei.

Sei que acordar todos os dias e enfrentar um dia difícil sem ter ninguém para te ouvir a noite é ser destímido, sei que não chorar ao telefone é ser bastante corajoso, não fugir dos compromissos, fazer tudo que se tem que fazer, isso é ser forte quando se quer apenas correr e se esconder nos braços de alguém, é ser muito valente sorrir todos os dias mesmo com o coração flagelado, escondendo lágrimas, distribuindo ”bom dia”, é ser intrépido tentar resolver as coisas, mesmo quando elas não são resolvidas, não às claras o suficiente para você entender, é ser muito, mas muito bravo aprender a amar no ultimo segundo de agonia, saber se reerguer, escrever algo bonito sobre como é se sentir da forma que você mal entende, você percebe como é audaz ao ver o quanto se pode crescer em pouco tempo, com os braços abertos, com a alma lavada, com o coração nas mãos, com seu ser inteiro diante de um penhasco, passando por uma ponte tão velha e frágil quanto a esperança, mas que, de alguma forma inexplicável continua lá.

Deixe-me falar!





Hoje estou com um turbilhão de sentimentos e sentidos se alastrando em mim e eu quero muito falar algumas coisas, eu poderia simplesmente enaltecer o que tanto aprecio em você, ou expor em linhas simplesmente tudo aquilo que detesto em você, quando se tem tantos sentimentos assim é muito simples escrever, mas, não quero falar nada disso, ou talvez sim, não sei, eu só sei que eu não gosto disso, e eu to cansada em demasiado para fingir que não me importo, e que não me incomoda, ou que as coisas se resolvem com meros afastamentos ou com súplicas de “ne me quitte pas”, ou muito menos que eu não tento ter nenhuma espécie de diálogo, pelo amor de todos os deuses do Olimpo, sem essa! Não, não é assim, não é com um “tudo bem, isso vai passar” ou algum “é assim e ponto” não, não, não não, PORRA NÃO É ASSIM!

Eu to cansada de não pedir desculpas e não ouvir desculpas, de ver mais orgulho do que diálogo, de ações provindas de subentendimentos, de especulações, da porra do mundo das ideias, eu não sou Platão! Muito menos Narciso, não sou perfeita e nem me importo apenas comigo, não gosto de lamentar comigo mesma no fim da noite pelas coisas não ditas, ou pelas coisas que foram ditas da forma que eu não queria que fossem, que não são entendidas como deveriam, estou cansada de sms mandadas com o coração na mão e nenhuma resposta, e sms de discussões chovendo como se fosse mais fácil dizer um “você está errada” do que um “eu te amo”, o que se ganha com tudo isso? Afastamentos? Então voltamos a esse ponto; esse ponto que ao menos para mim nunca resolveu nada, eu queria mais soluções e menos impossibilidades, eu queria mais esperança, e quem quiser me chamar de fantasiosa e sonhadora que me jogue o primeiro paralelepípedo no meio da testa, acho fundamental para se obter méritos, fixar metas, sonhos, só assim a gente pode conseguir algo, é sonhando que conseguimos alguma coisa, afinal o ser humano tem a dádiva da capacidade teleológica, então, porque não usá-la? Será que não estou sendo realista ao afirmar isso?

Cansada de acreditar num “tudo bem” quando só eu acho que assim está, cansada de me sentir uma babaca quando vejo que não é bem assim, cansada de chegar perto do que almejo e ser jogada para longe, cansada dos empecilhos e das barreiras, são tantas pedras no caminho que as vezes é mais fácil fazer uma muralha do que abrir passagem, do que simplesmente ultrapassá-las e seguir, cansada de tanto não, de obstáculos, de pensar duas, três vezes, cansada o suficiente para querer mudanças drásticas dentro de mim, cansada porque sei que já mudei muita coisa, sei que posso ser bem melhor que isso, que apesar de ser uma menina brincalhona, sou uma mulher forte, uma mulher e tanto! Exijo ser vista por todos e por quem quer que seja dessa forma que sou, e sim, isso é uma imposição, é um grito é um “pelo amor da Deusa me veja como sou” você sabe “me veja como só você é capaz de me ver”, e ao que parece não está vendo, ou está e não está me dizendo, porque há orgulho e tantos outros sentimentos que faz com que a minha imagem seja distorcida absorta em algum lugar que só você pode achar, é um “pelo amor dos anjos, isso pode funcionar!” mas que eu não vou fazer sozinha, porque sei que não quero isso sozinha. Apenas tolos entram em batalhas sozinhos, eu quero menos sonhos e mais concreticidade. Eu quero estar no lugar onde você está e não ter que omitir verdades por orgulhos idiotas que nem sei porque tenho, ou não estar aí por orgulhos bestas teus que você prende a si mesma com tanto afinco, são anos de convivência o suficiente para saber que seu orgulho nunca te trouxe nada de bom, algumas cicatrizes bem amargas talvez, nada mais que isso.

Eu tenho a plena consciência que não tinha aos 18, embora sinta falta de muita coisa daquela época, e como naquela época, ainda me perco em momentos inúteis de pensamentos insensatos, como você entrando por essa porta e me abraçando forte o suficiente para me fazer sufocar e apertando meu braço com força o suficiente para eu sentir que é de verdade, que está ali que estamos juntas nisso, que eu não vou ter que ler e falar besteiras, e que você acredita em mim sem ter medo de qualquer merda do meu passado, e eu da mesma forma conheço você e seu coração, que no fim das contas é quem importa e manda mesmo, que dá sim para enxergar a verdade como ela é, nem que fosse para abrir a cabeça e socar lá dentro as verdades tão claras que estão aqui e ninguém faz questão alguma de enxergar, que isso ainda vale a pena, como a gente sabe que vale a pena.

E pelo amor do sândalo da montanha, me corrija se eu estiver errada, se não for assim, e como for só me diz, “se não faz sentindo, discorde comigo, não é nada demais!” não tem que ser uma troca de farpas e sim de pensamentos, de ideias, não quero felicidades inventadas, nem fantasias encantadas, muito menos prender sofrimentos sufocantes dentro de mim como se fossem meus tesouros, ou saber que você chora e não poder saber os motivos, ah, como se eu não soubesse! Eu queria que você confiasse mais em mim, eu queria que enxergasse que eu não sou o tipo de menina mimada que quebra ao meio ao saber o que não gosta, nem planeja represálias arquitetadas.

Enfim! Gostaria de parar de brincar de esconde esconde e resolver isso como adulta, mas enfim! Enfim! Enfim! Sempre terminamos conversas sérias por essa palavra, não é? E sempre chega a um ponto que não sei o que falar, graças a todas as minhas travações psicológicas, heranças ruins de uma infância fudida e mal lembrada, que não me deixa nem ao menos por para fora as coisas ruins sem entrar em estado de profundo torpor, mas eu também estou cansada de ser espectadora de meus problemas e precisar de Ninffas e Karolinys para falar o que eu penso, não sou uma princesa nem uma femme fatale, sou uma mulher com defeitos e qualidades, com sonhos, desgostos e verdades, e algumas delas estão aqui, para serem lidas, outras para serem engolidas, mas é tudo meu, e de certa forma é tudo para você. 




Embora eu não veja isso como verdade absoluta, as vezes me vejo entendendo que os erros cometidos funcionam no efeito dominó; alguém comete um erro com a gente, e a gente comete o mesmo erro com uma outra pessoa, formando uma sequência de erros intermináveis. Então, vejo que não existe ninguém inteiro, todos já foram quebrados e trincam cada vez mais os outros, mesmo que inconscientemente, nunca fez tanto sentido o ditado que fala “quem com ferro fere, com ferro será ferido”,  a diferença é que todos estamos com espadas afiadas nas mãos e não nos damos conta. 

“Setsunasa no kagiri made dakishimete mo, itsumade mo hitotsu ni wa narenakute, yasashisa yori fukai basho de, fureau no wa itami dake.” 
O que você não percebe é que se eu pudesse, não importa o motivo, eu abraçaria você, tiraria sua dor, levaria ela para bem longe de ti, nem que fosse para dentro de mim. Mas não posso fazê-lo, como se chama isso? Ah, impotência, é verdade, é a palavra que descreve quando você quer fazer a diferença e não poder fazer nem o mínimo do mínimo. 




Posso contar uma história?

Augusto sempre foi bonito, inteligente, calculista. Poderia resumi-lo nessas três coisas, embora eu saiba que ele é bem mais que isso. Ele era um dos filhos mais novos de um casal de uma cidade simplória, pai pedreiro, mãe dona de casa, e muitas bocas para alimentar, o comum da época. Ele sempre foi esforçado, sempre soube de seu potencial, então, ainda jovem saiu daquela cidadezinha sozinho, mudou de estado, foi para um colégio interno, era jovem, porem bem maduro, sabia o tempo certo de viver, e sabia que esse era seu tempo de se preparar para a vida, isso não era questionável.

Josefa, bem, era uma bela jovem de longos cabelos lisos e negros, muito sonhadora de uma cidade bem pequena também, estado vizinho, nem sonhava em conhecer Augusto, e talvez nem teria olhado para ele nessa época, seu coração era de Pedro e isso era imperativo, Pedro sabia de seu amor, e foram crescendo, crescendo sabendo de seus sentimentos, pouca coisa poderia mudar, talvez foi assim, não sei, mas a vida as vezes prega peças, o destino se ajeita da forma que ele deve ser, nem sempre como queremos. Pedro, que sabia que era amado, que talvez a amava (não sei muito sobre ele) acabou passando por uma tragédia: seu pai foi morto por um membro de sua própria família, e ele jurou vingar-se, abandonou a cidadezinha e tudo que ele conhecia como bom e seu, foi embora pela vingança, Josefa o esperou por anos, mantendo seu sentimento, mas, o destino ironicamente fez que sua história de amor acabasse ai.

Augusto concluiu seus estudos, por algum motivo que só a linha do destino pode saber foi morar na cidadezinha daquela linda garota sonhadora, que se tornara uma mulher mais linda ainda, porém, já não tão sonhadora, pensava em Pedro, mas a vida seguia, tinha outros namorados, mas nenhum servia. Mas a vida seguia, e seguiu até olhar nos olhos de Augusto, e ela ter certeza que se não fosse com ele, não seria com mais ninguém. E eles se apaixonaram, eles casaram, tiveram filhos,  alegrias e tristezas, como todo casal, mas aí me pergunto. Será que um dia Augusto soube do amor de Josefa por Pedro? 

Se sabe que Augusto, após ter concluído seus objetivos teve muitas namoradas, sua vida estava traçada, e por algum motivo se enamorou de alguém que de outro estado, na cidade que recém chegara, será que ele amou alguém antes de Josefa?

E se Pedro desistisse de sua vingança, será que Josefa nunca teria se apaixonado por Augusto? Ou teria reconhecido o amor tarde demais nos olhos dele? Teria ela sido mais feliz? 

Escolhas, elas fazem mais diferença do que se pode imaginar, será que algum dos três pensou nisso? Bom, Augusto pensava em tudo, mas, será que pensou nisso? Josefa teria uma vida melhor? Se ela pudesse voltar atrás, ela teria feito a mesma coisa? E Pedro? O que Pedro faria? Onde está Pedro? 

São protagonistas da vida real, são contos de realidade, são as escolhas, ou o destino? Estará alguém, algo em algum lugar escrevendo histórias, ligando pessoas em fio invisíveis, será que tudo valeu a pena? Bem, eu não sei, mas espero que ela tenha tomado a decisão certa, que seja feliz como sempre sonhou ser, mesmo com todos os problemas da vida real, que ainda tenha, mesmo que bem escondido dentro de si a menina do coração bonito, que ouvia a mãe como a um oráculo, que entende do amor, mais do que eu, e que por amor sabe que só ele vale a pena nessa vida. Espero que um dia ela sente ao meu lado e me conte essa história. 

Sente, sente, levanta e vai embora.

Esse tal de “sentir” é uma faca de dois gumes, não é verdade?

Aprende menina: sua felicidade não é feita para durar.

Chegou por volta das 5:30 da manhã, o sol nascia sorrindo brindando a sua presença, eu brincava com a minha mente, lembrando quantas vezes eu esperei por aquele momento, se ele, realmente aconteceria, a algum tempo era algo tão distante… Mas estava acontecendo, sim, estava! Entramos em casa silenciosamente, todos dormiam, e eu estava tão eufórica, te beijei timidamente, as paredes aqui costumam ter ouvidos, e a fechadura da porta, olhos implacáveis, então, você pegou meu violão e procuramos algumas músicas pra (você) tocar, aí você tocou “Hey There Delilah”, como descrever? A melhor versão de todas, e o que eu pensava naquele momento? “this one’s for you!” E o sol ficava cada vez mais quente, bem como meu coração. 

Numa conversa paralela com uma amiga dentro de um ônibus infernalmente parado, eis que falo:

— Não sei explicar, só sei que meu coração bate forte, cada vez que sinto o cheiro, ouço a voz, que vejo, ouço uma música que me lembre, que algo no meu dia simplesmente me diga: “estou te dando uma doce lembrança de quem você ama”, bem, eu só aceito, não entendo, talvez eu nunca entenda exatamente, só sei que é estranho e bonito estar apaixonada assim, por tanto tempo, dizem que o ser humano só fica apaixonado no máximo por dois anos pela mesma pessoa, não é? Então, acho que sou um E.T. mesmo, rs.

— Me ensina a formula então?

— Você realmente acha que eu sei? Bom, só o que posso dizer é: eu apenas amo! 
As vezes me recordo de tempos que não me deixam tão bem, não que importem agora, mas, vez ou outra eles ainda voltam a cabeça. Você sabe, os piores fantasmas a serem combatidos são aqueles que projetamos em nossas mentes, e sinceramente nada daquilo me deixava exatamente feliz, mas, para mim, era imperativo a sua felicidade, se não comigo, com quem fosse, apenas era, era o teu castelo, tinha a solidez que tu desejaste que tivera, seria errado eu querer que ele fosse de areia? Não, sei que não, sou humana o suficiente para querer algo ruim assim, mas, também, humana o suficiente para querer que a onda nunca o levasse, se isso te fizesse feliz, se isso te fizesse feliz, para mim estava bom, bem, continuo humana, então, não seria pecado eu dizer: que bom que passou? Mas agora são outras batalhas, outros dilemas, estes estão mais ligados a mim, e eu continuo pensando no que te faz feliz, no que te faz sorrir, em como tornar estes profundos desejos em realidade diária. 
Não importa o quanto você se esforce pra mostrar o que sente, o que é real dentro de você, o quanto algumas coisas são extremamente importantes pra você, as pessoas só enxergam o que querem.