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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

 eu gosto como meu corpo tem memória.

Ele reverbera os teus sinais

minutos, horas, dias depois de tudo que você me provocou.

São ecos de toques, gemidos, orgasmos, da marca inefável do encontro de nossos corpos,

De tudo que você me causou ecoa dentro de mim pelo simples desejo de voltar a sentir.

E eu vou.

Não tem parte minha que não te pertença, 

Meu doce amor. 

É pro teu braço que quero voltar todos os dias

Como o sol que promete retornar a cada manhã

Vem da tua preciosa voz, a tua risada alta - meu som favorito do mundo,

E não há nada que ilumine - e me incendeie - mais do que o brilho dos teus olhos castanhos. 

Teu coração esguio é o lar mais bonito que eu já encontrei - mesmo que você insista que é terreno turvo, não é!

E tua mente? Tua mente é um universo que não canso de desbravar, e me perder, e desbravar, e me perder, e te encontrar. 

Aceite meu peito pra tu chamar de casa, e queira caminhar um pouquinho mais ao norte junto da minha alma, meu amor, minha sorte grande de uma vez na vida,

Porque não tem  parte minha - boa ou ruim - que não te pertença, e de todas elas, te prometo e te dou sempre o meu melhor, meu amor. Meu amor.

 Ouvi uma vez numa canção:

“Amar o mar como a um irmão”, mas, como posso fazer isso?

Se aprendi a te amar temendo?

Te admirando irrevogavelmente, mas, muitas vezes à distância, te respeitando, pedindo benção e recebendo ondas fortes que me derrubavam… Ainda assim, te amando, então, talvez por sua distância, imponência, e temor, eu não consiga te amar, mar, como a um irmão, mas, eu te ame como um pai, a gente costuma esperar pouca coisa de um pai e ainda assim, o amar, mas assim como a um pai, não quero te amar temendo. Seja gentil. 


-sobre um tsunami que pode nem vir-