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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Enquanto Ele Dorme


Eu adoro a forma que ele sorri despreocupadamente enquanto aperta seus olhos suavemente, então para e me olha, e continua olhando, olhando e olhando, então me beija ou me chama pra dançar, dentre outras coisas, ele sempre quer dançar, e eu danço, com ele eu danço.
Eu odeio quando ele se empolga e fala alto como se fosse dono do mundo, como grita quando vê algo engraçado ou como se não tivesse ninguém por perto, ou fala sozinho, enquanto eu me aborreço eu paro, sorrio e falo para mim mesma também 'Deus! Ele é tão espontâneo!' Então, depois de quase um segundo de ódio, eu o amo mais.
E dos meus momentos de solidão compartida com ele, uma das coisas que eu mais amo é vê-lo dormir, como toma conta da cama inteira quando eu não estou por perto e me abraça quando eu me aproximo, me sinto protegida enquanto ele me abraça e eu velo seu sono, e eu acho que nunca senti nada parecido com isso antes, então eu fotografo.

Superenamorandome

Estoy enamorada por la vida y el viento que toca mi cara,
Mismo un poco caliente, estoy enamorada pela nuvem sin forma,
Y la hojas que caen sin destino,
Por cada poeira que mis ojos pueden captar en el viento y no pueden,
Enamorada por el aire que respiro, que adentra en mi cuerpo y no es mio, y que se va!
Esoy enamorada por el agua que compoe mi cuerpo y por todas las peliculas que aun no vi,
Y dentro todas esas pasiones estoy tambien, enamorada por tí!
Estoy enamorada tambien por estar feliz sin motivo especifico o aparente,
Y decididamiente, estoy enamorada por el facto de estar viva.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A mulher que espera no castelo, na casa, no lar


Há um certo glamour em não ser nada para o mundo, e ser o tudo de alguém;
Entenda minhas palavras, o universo imaginado dessa mulher e de sua espera;
Não necessariamente ela tem que esperar, ela pode gostar de fotografia,
Ou recitar e escrever poemas em sua solidão mais profunda de uma tarde de verão;
Ou até mesmo pode ela só ver novela e filmes antigos que passam na TV,
Pode ela também ler revistas e fazer cruzadinhas do jornal de ontem;
O fato é que ninguém mais sabe dela, nem o homem que a vê todos os dias,
Para o mundo ela é feita de mistérios, e para ele, é um mundo repleto de diversão,
Ou até de monotonia, eu também não sei;
Mas, é o mundo para o qual ele volta todas as noites e talvez nem saiba quem ela é.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sobre Lutar e Fazer Poesia



Ele luta,
Eu faço poesia;

Eu escrevo,
Ele golpeia;

Ele tem força em suas mãos e pés,
Eu, a única força que tenho é um lápis e uma caneta;

Eu danço entre as palavras,
Ele dança com seus movimentos letais;

Ele envolve e imobiliza, 
Eu envolvo e levo além;

Ele faz arte com as mãos,
E eu também;

E os dois, de formas não tão distintas assim
Fazemos magia;

É como estar ao lado e não precisar olhar pro lado,
Porque, mesmo de formas diferentes, caminhamos na mesma direção;

A mágica de ser, estar e fazer o que nos encanta,
E encantar o outro ao fazê-lo.


Música


Eu nunca vou entender e sempre vou amar esse poder que só a música tem sobre mim, me arrepia o corpo, eleva minha alma, me transporta para algum lugar que não tem nome nem solo, transcendental sensação sonora que me transborda, oh, isso sim, é um paraíso sombrio, é o amor perfeito, o amor é feito de música e a música é feita de algo que me consome e me alimenta, que me alimenta e me consome. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Manifesto dos Amores Fugazes



Eu, moça romântica de natureza egoísta quero que o mundo enxergue um pouquinho da forma que eu vejo as coisas, porque sinceramente é assim que deveria ser, e venho através deste declarar meu a total e incondicional apoio aos amores breves e vadios;
Declaro a brancos, negros, pardos, amarelos e alienígenas que acredito na benevolência do amor e das transformações, mesmo que momentânea que ela pode ocasionar;
Afirmo que não creio em construções amorosas, e este tipo de relacionamento me faz dormir e desde já por estas palavras digo: repudio os amores monótonos! E mais, lanço uma simples questão: é amor ou comodidade? Tenhamos cuidado com a constância, meus irmãos!
E por estas e outras não me deixo enganar pela falsa segurança de ter alguém do lado segurando minha mão, devo dizer também que por estes motivos rejeito a ideia de casa no sitio, carro do ano, filhos e vida planejada, não a robotização e padronização dos sentimentos! A todo e qualquer tipo de ordem que possa ser imposta, eu mais uma vez o digo: abdico!
Não é esse o tipo de sentimento que quero que me transborde, não é esse o tipo de linha que eu quero ter como ideal: repudiare!
Eu brindo esse tipo de amor que sempre te deixa com mais vontade de viver, com mais tesão, desses que mesmo que fugazes, te levam ao céu, ou até algo acima dele, desses que sobem alto, mas que não te derrubam quando acabam, porque a verdade é que quando é de verdade não acaba.
Eu brindo aos sorrisos sinceros e beijos roubados, calcinhas pelo chão do quarto que você nunca sabe onde está, eu prefiro uma daquelas tardes que você esperava só ver um filme e acaba tremendo sem nem ao menos conseguir sair da cama depois te ter ele, e depois de ter ele, o que tem? O que vem depois? Eu não quero saber, porque estou vivendo o hoje, o hoje e todas as incríveis possibilidades que ele me traz, me traz e me leva de algum modo a um futuro que eu não faço ideia de como será;
Considero aqui e falo em alto e bom tom que sou a favor de tudo aquilo que te faz pulsar, agir com sentimento, sim a mais atos impulsivos e amores-da-vida-de-uma-semana e que se possível, esses durem a vida inteira, mas que isso não seja uma obrigação, mas sim uma escolha!
Que as únicas leis que tu tenhas que seguir sejam aquelas que teu coração te impôs e que você seja terminantemente obrigado a segui-los, e que tenha sempre a certeza que foi melhor ter vivido algo efêmero do que nunca ter vivido nada;
Através destas palavras, deixo aqui para todo e aquele que puder ler minhas palavras: brindai o amor em todas suas manifestações, brindai a vida, brindai até os amores fugazes, e que estes desde sua natureza nasçam e morram no mesmo dia, mas que no outro dia possam voltar a nascer, de outra forma o eterno seria chato, não acha?
Manifesto, afirmo e asseguro que assim penso e assim sempre vou querer pensar.


sexta-feira, 11 de abril de 2014


Gastar as horas pra te ver dormir.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Um corpo que vai, um corpo que fica, as almas se encontram


Hoje parei pra pensar e vi que ele me lembra muito a John Smith, o homem aventureiro que tem como mátria o mundo, e que o leva em seu olhos com uma nostalgia que corta meu peito as vezes, como um pássaro que sente falta de voar, voar e voar cada vez mais alto, mas está preso em uma gaiola imaginária que o limita um pouco todo o tempo, mas que a qualquer momento pode ir embora para outros caminhos, outros destinos. Para ele o horizonte é mutável, o horizonte é só mais um início, nunca uma chegada.
E eu, eu que me vou, me vejo como Pocachontas que espera no vão das incertezas, e olha paciente enquanto o vento arrasta seu amado para cada vez mais longe, enquanto esse mesmo vento leva um pouco da alma dela também, ela que vê tudo calada por nada poder fazer. O que poderia fazer? Há sempre uma causa de força maior que o toma de suas mãos, são as garras do destino que construímos ou que nos constrói, nunca vou ter certeza. Ela é a princesa que tem a alma maior que o universo e o mundo inteiro não cabe na altura de sua coragem, que tem os olhos ansiosos e cheio de promessas a serem cumpridas, é a menina que escuta tão atenta as histórias de novos e velhos mundos que seus pés nunca pisaram, mas que ela quer tanto, e que um dia, ela sabe, ela vai alcançar, mas o que vai acontecer nesse meio tempo ela não sabe. não está sob seu controle. Nunca esteve.
É uma princesa coroada que sob o tempo e a distância não passa de uma plebeia tão frágil como qualquer outra humana feita de carne, sangue e ossos, e nesse momento, o que vê faz com que seus olhos sangrem, sangrem o que a boca não ousa falar, sangra o que ela não sabe, porque tudo que ela sabe está do lado de cá, e do outro lado está tudo o que ela queria, é exatamente onde ela queria estar, mas o vento não a levou para lá, não é tempo de ir. Não é tempo de ir. E ao passo que o horizonte vai ficando rosa a caravela vai sumindo, e uma faísca de dor tenta entrar em sua pele, mas não é forte o suficiente, pois, esta humana de carne, ossos e sangue como qualquer outra é uma princesa, uma princesa que sabe que o mundo é maior do que o que seus olhos podem alcançar, então, ela que mesmo tendo medo é destemida se lança adentro do penhasco sem medo, se lança para o próximo ato, para a próxima trampa do destino, porque é disso que ela feita, da incerteza da felicidade e do passo às cegas que dá para onde não conhece, mas quer e vai ir. 
Não há medo maior que a alma dela, e a alma dela vai para onde quer que ele vá, e não tá motivo de força maior no mundo que o amor. E o amor, ah, o amor não conhece distancia, já não estaremos sozinhos, onde quer que você esteja, eu vou te dar a minha mão, comecemos pelo horizonte.

domingo, 6 de abril de 2014

O Vento


Os dias estão passando, correndo, escapam de minhas mãos como água, de uma forma que eu sei que não posso controlar. Meus olhos e memória tentam se por atentos a cada detalhe que não quero esquecer, porque temo e odeio o esquecimento mais do que muita coisa em minha vida, e ao mesmo tempo, enquanto fecho meus olhos numa tentativa de me acalmar sinto o vento bater forte em meu rosto, porque ele, tão impetuoso, me encontra não importa onde eu me esconda, porque por mais que eu tente não me abater ele sempre está a espreita, esperando só um vacilo de meu coração, esperando uma incerteza, esperando qualquer coisa que seja pequena, mas forte o suficiente para me corroer por dentro. E ele tem nome, um nome que eu naão ouso falar em voz aula,  que abafo por pensamento, eis meu odioso perseguidor: o vento da mudancça e da incerteza. O vento que me move sem que eu tire meus pés do lugar, o vento que faz o mundo girar e que quer me tirar de onde eu quero estar, o vento que não posso evitar e que inevitavelmente me levará para outro lugar. E eu não quero ir.


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sobre saudade


Há em mim alguns pares de saudades que se tornam bem maiores só de recordar.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Pela janela: quem é ele? Quem é ela?




Quem é ele?
Quem é ela?
Que me olha da janela,
Meia noite do quintal,

Será que não dorme de noite?
Ou só deixa a luz acesa? 

Quem é ele?
Quem é ela?

Como um mistério da escuridão,
Todo dia o claro de sua janela,
Vem queimar meu coração,

Quem é ele?
Quem é ela?

De longe não posso te ver,
Tão pouco ruído posso ouvir,
E me ponho assim, a imaginar,
Afinal, quem é você?

Deus, quem é ele?
Diabos, quem é ela?

Da vidraça eu posso ver,
Um vulto apressado a passar,
Entre as folhas das árvores que,
Sem pressa, interrompem minha visão,

Porque não se debruça na varanda?
Ou porque não abre a cortina?
Será que não sente calor?
E se chover? Vai trancar a janela?

Tranca não! Ela é minha porta para o seu mundo,
Para o mundo que eu nunca vi, 
De alguém que eu nunca conheci,

Só queria saber:
Quem é ele? Quem é ela?

Será uma moça bonita que baila uma canção?
Será um velho cansado que termina um café?
Será que por acaso ou fascinação,
Também tenta descobrir quem sou eu?
E se não sabe que eu existo?
E se está dormindo agora e tem medo do escuro?
E se tem namorado e está fazendo amor?
E se viajou e deixou a luz ligada então?

Quem é ele? Eu realmente queria saber,
Quem é ela? Mas, essa resposta, não tenho não.