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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A moça que passa em minha rua



Quem é aquela moça que passa pela rua todo dia?
Ela dobra a esquina e não se mais vê...
Ela é de perto? Ela é de longe?
 Mora na rua ao lado ou está só de passagem?

Tão apressada ao meio dia, aonde ela almoça?
E pela tarde fala sorridente ao telefone,
Quem será que ela encontra?
E quando ela não passa, é carona?
Ou será que corta o caminho?

Será que ela sabe que quando ela passa,
A rua inteirinha para para olhar?
Ela se dá conta que seu mistério,
Encanta o velho, o moço, a menina e o gatinho?

Quando ela anda, ela sente nos ombros,
O peso de todos os olhos que a perseguem?
E que seu mistério dura até a esquina que dobra?
Pois ninguém vai atrás, ninguém pergunta teu nome,
Ninguém bate uma foto, só espera ela outra vez passar;

Será que por alguém naquela rua ela também se encantou,
E começou a andar por lá?
Será que ela sabe que meu peito acompanha o seu passar?

Ou será que não é nada disso, será que ela anda sem rumo?
Será que só vai comprar pão?
E se namorar o padeiro?
E se só tiver um irmão?

E se ela nem se dá conta, que por encanto ou por graça,
Ela ganhou o meu coração, com seu simples passar?
Será que ela sabe, que em tão poucos passos,
Minha rua a amou? Eu acho que não.


Um comentário:

  1. Aiiiii como amei esse! Parece aqueles textos que eu lia no ensino fundamental... não por ser bobo por que não é, mas por ser simples e encantador :) Adorei, achei um dos seus melhores em critério de literariedade. :)

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