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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Bem sei que já fui muitas mulheres. Sempre me despeço delas sem olhar para trás. O caminho é sempre em frente. Sou grata por tudo que elas me fizeram vir a ser. Mas, tão pouco sei se no meu lar de hoje (a mulher que sou agora) elas seriam bem vindas, pois me parecem agora tão estranhas quanto qualquer desconhecido na rua. E eu odeio estranhamentos, o desconforto do “poxa, eu te conheço de algum lugar”, mas sabe? Talvez eu nem conheça. E talvez a próxima que serei será tão indiferente a mim de hoje, como eu sou com as que eu fui agora, e não sinto qualquer remorço por esse despertencer do meu passado. 


-sobre a não obrigação de ter apego por aquela que já não sou-

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