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domingo, 21 de fevereiro de 2021

Descoberta

Gosto de como por vezes a gente volta no tempo

Se faz de adolescente e se beija escondido no meio da tarde.

Fugindo de olhares curiosos e atentos que não sejam os meus sobre as curvas do seu corpo proibidas em locais públicos.

De como tento me policiar para não arrancar sua roupa em lugares proibidos,

De fazer de mim água só com uma troca de olhares, da onda de choque que iluminaria toda a rua rua.

Desavisados diriam ser algo inocente, mas o ar está tão carregado entre a gente que poderia fazer chover, tempestades iriam ar,

Lá fora, ou aqui dentro de mim.

A gente desconversa quando alguém passa perto só pra voltar a beijar como se nossas bocas fossem o único refúgio possível, um esconderijo verdadeiro imerso em vontade e desejo

No pouco que posso fazer, no muito que quero te ter.

Sento a teu lado, trocamos prosa, assistimos algo, apreciamos as pequenas coisas com a serenidade que se tem num estacionamento de um prédio vizinho de mão dadas com minha pessoa favorita do mundo.

Pouca coisa além disso eu iria querer,

O que mais fosse, certamente teria teu nome, teu calor e teu beijo e muito mais do que o perigo de sermos flagradas por olhos desavisados, mas, certamente com o mesmo desejo que senti por ti nesta tarde, e por todo o tempo que eu puder na vida te chamar de minha.

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