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terça-feira, 16 de março de 2021

 Não quero nunca te olhar como quem olha coisa pouca

Porque dentro dos teus olhos quase negros moram mares habitados de mistério

Que me pequeno barco navega, desorientado entre as brumas, mas louco pra te encontrar

Me guio pelas estrelas fantásticas que encontro no teu colo

Em teu peito, meu Cruzeiro do Sul, para onde eu sempre quero voltar.

Teus quadris tem curvas sinuosas que me perco fácil, mas no meu lugar, quem iria?

Há caminhos em baixo do teu umbigo que me levam a paraísos que só eu posso habitar

Como terra virgem jamais explorada

E não me importo em ser descobridora egoísta que não divido meu achado, meu santuário, meu ninho, meu lugar.

Lá eu posso escutar sons jamais ouvidos pelo mundo exterior, poderia fácil me afogar nas tuas águas enquanto te escuto, doce Yara, pois há prazeres que jamais entenderão os mortais.

Poderia petrificar-me de bom grado te olhando, me emudeço por vezes e em teus cachos me inebriar, redemoinhos inteiros que são encontrados nós rios e naturalmente, abaixo de teus ombros, e se você fosse uma Medusa, jamais deixaria Hércules se aproximar.

E teu toque me alucina, juro que ouro bruto brota de dentro de mim como nem mesmo Midas seria capaz de fazer.

Tudo que te rodeia é cercado de magia, de mistério, de profundo amor, como poderia eu olhar para teu mundo como se nada fosse?

Se tudo que quero na vida é nele habitar?

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