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sábado, 5 de outubro de 2013

Registro de um dia bom

Fora um daqueles belos dias que se passam rápidos e serenos, repletos de uma felicidade tão sutil que mal se percebe no tempo, pois o tempo se passa bem mais rápido do que se pode realmente senti-lo. Um dia bonito com meu povo, sim, aqueles que me fazem sentir eu mesma, sem mitos, sem máscaras, sem qualquer prova, sem segundos interesses, é uma comunhão de almas distintas que se tocam e se abrangem num sentindo de eternecer, de enriquecer o que há dentro de cada um de nós, e que pouco nos mostramos, pois, existem poucos que realmente podem e devem nos ver como somos. Não somos para todos.
Fora um dia gigante de poética cinematográfica e risos soltos, de diálogos vorazes provocados por um incentivo lírico e audiovisual denso e instigante. Foram sorrisos, cliques e  enredos que poderiam ser repetidos durante mais tempo, que não me enjoariam em nada.
A noite foi tomada por festa, música e comida, mais sorrisos, mais afeto, mais um pouco de uma atmosfera tão inclinada a harmonia que poderia chamar de lar, que na verdade tinha mais sincronia e felicidade que a própria casa. A alma escolhe seu endereço muitas vezes no colo de outras, e assim que foi.
O pensamento estava nele quando não deveria estar, e diferente do que muitos pensavam, aquilo que senti quando a música certa tocou no momento errado não fora tristeza, fora saudade, que de certa forma não é e nunca será tão feliz quando a presença. Mas nem importa.
Havia vinho, doces e risadas, havia bolo, guaraná e muita dança. Um que perfomava como uma grande estrela do pop, uma que latinha intrigada ao ver a dona dançar e dançar, uma que dançava funk enquanto tocava punk, quando não se colocava a sambar; havia um que batia o cabelo que quase não tinha, outro que plantava bananeira na parede; outra que fazia pose, a outra aniversário. Cada um com seus motivos e todos eles com o mesmo intuito, unidos pela mesma energia, aquela energia tão boa que os contenta até horas depois de isso acabar. Porque não acabou, o contentamento está em saber que tudo isso só está a começar. Sejamos infinitos. Façamos este nosso ponto de partida.

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