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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Uma flor de um planeta distante



Pouca gente sabe, mas, eu sou uma flor,
A flor de um pequeno planeta não tão distante daqui,
Acaso um dia os pássaros te levem, você pode chegar lá,
De certo, é bem pequeno de onde eu venho, mas cabe o amor,
Cabe um príncipe, cabe uma flor,

Eu irradio aromas que colorem meu planeta e meu amor,
Eu sou única no mundo, e mal sei de onde que vim,
De onde que era a sementinha que me brotou?
Pouco sei das coisas, mas o que sei tenho certeza,
Tenho medo do frio e da solidão,

Sou exibida e orgulhosa, bonita e gosto de atenção,
Sou destemida, não receio nem mesmo os tigres,
Mas, confesso ter horror de correntes de ar,
Sei me defender com meus espinhos, minhas garras,
Mexa comigo que viro logo um leão,

Vejo tudo do meu canto, não tenho pressa, só encanto,
Ao anoitecer me põe uma redoma, me dá boa noite,
Vela meu sono, que te guardo comigo, te guardo em segredo,
Eu que de tudo faço para te ter perto, eu que me gabo de tudo,
Para que não percas o interesse, para que queiras sempre comigo estar,
Eu que faço tudo para te ter perto, tanto fiz que me deixaste,

E agora que te vás, oh, principezinho, te peço que vá de uma vez,
Não olhe pra trás, bem sabes que sei me cuidar,
Não te preocupes com o vento, não te preocupes com a redoma,
Se tiver de ir, te rogo uma vez mais: me deixa só!
Tu dissestes que ia partir, então, vá!
E quando você partir, finalmente poderei desabar,
Sou orgulhosa demais para que me vejas chorar,
Mas te amei, mas te amo, e te amarei
Como nenhuma outra flor há de amar.



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