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domingo, 13 de setembro de 2015

Há coisas que consigo sentir, exatamente como se fosse pela primeira vez, como algo inédito, como se eu sempre estivesse estado aqui: o som da sua voz.
Parece que eu acordei escutando ele todos os dias, o calor de seu corpo continua incendiando o meu, seus olhos continuam me cativando e me prendendo como nenhum outro jamais foi capaz, eu continuo sendo a mesma garota despreocupada que se emociona fácil e que escreve as coisas para não esquecer, continuo amando o pôr do sol e filmes cult, ainda faço piadas sem graça e tendo a enxergar o melhor da vida e das pessoas, e essas coisas, por mais pequenas que sejam, quero que sejam constante no meu ser, mas nem tudo é constante em mim, minha essência é a mesma, mas devo confessar que eu mudei.
Em alguns pontos acho que amadureci, evolui ou simplesmente me tornei critica demais para aceitar de bom grado, algumas coisas dentro de mim já estão num finito, para que outros inícios possam me pertencer. Ainda não consigo escrever sobre elas, mas eu sinto o doce sabor da mudança e fico contente com a forma em que elas me reconfiguram, me fazem caminhar um pouquinho mais nessa linha tênue de ser menina e ser mulher, de ser uma menina-mulher.
Aprendi a aceitar suas responsabilidades e fortalecer seus sonhos, que aprende mais sobre ela mesma e o mundo, que se desapega aos poucos das coisas que não lhes fazem feliz, como a metáfora das roupas, deixando para lá tudo que não me faz bem e aprendendo a viver com pouco, com poucos, que me dão muito e muitos momentos felizes, sorrisos sinceros, conversas instigantes, me envolvem em mundos que realmente quero estar, que me mostra que números não são necessários e que o tempo, ah, o tempo, o tempo é só uma armadilha, uma sábia armadilha que nos separa do que queremos, mas também é um caminho que leva até quem somos, hoje eu aceito o tempo, já não tenho medo do mundo, sou filha da eternidade.

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