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terça-feira, 1 de abril de 2014

Pela janela: quem é ele? Quem é ela?




Quem é ele?
Quem é ela?
Que me olha da janela,
Meia noite do quintal,

Será que não dorme de noite?
Ou só deixa a luz acesa? 

Quem é ele?
Quem é ela?

Como um mistério da escuridão,
Todo dia o claro de sua janela,
Vem queimar meu coração,

Quem é ele?
Quem é ela?

De longe não posso te ver,
Tão pouco ruído posso ouvir,
E me ponho assim, a imaginar,
Afinal, quem é você?

Deus, quem é ele?
Diabos, quem é ela?

Da vidraça eu posso ver,
Um vulto apressado a passar,
Entre as folhas das árvores que,
Sem pressa, interrompem minha visão,

Porque não se debruça na varanda?
Ou porque não abre a cortina?
Será que não sente calor?
E se chover? Vai trancar a janela?

Tranca não! Ela é minha porta para o seu mundo,
Para o mundo que eu nunca vi, 
De alguém que eu nunca conheci,

Só queria saber:
Quem é ele? Quem é ela?

Será uma moça bonita que baila uma canção?
Será um velho cansado que termina um café?
Será que por acaso ou fascinação,
Também tenta descobrir quem sou eu?
E se não sabe que eu existo?
E se está dormindo agora e tem medo do escuro?
E se tem namorado e está fazendo amor?
E se viajou e deixou a luz ligada então?

Quem é ele? Eu realmente queria saber,
Quem é ela? Mas, essa resposta, não tenho não.


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