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domingo, 6 de abril de 2014

O Vento


Os dias estão passando, correndo, escapam de minhas mãos como água, de uma forma que eu sei que não posso controlar. Meus olhos e memória tentam se por atentos a cada detalhe que não quero esquecer, porque temo e odeio o esquecimento mais do que muita coisa em minha vida, e ao mesmo tempo, enquanto fecho meus olhos numa tentativa de me acalmar sinto o vento bater forte em meu rosto, porque ele, tão impetuoso, me encontra não importa onde eu me esconda, porque por mais que eu tente não me abater ele sempre está a espreita, esperando só um vacilo de meu coração, esperando uma incerteza, esperando qualquer coisa que seja pequena, mas forte o suficiente para me corroer por dentro. E ele tem nome, um nome que eu naão ouso falar em voz aula,  que abafo por pensamento, eis meu odioso perseguidor: o vento da mudancça e da incerteza. O vento que me move sem que eu tire meus pés do lugar, o vento que faz o mundo girar e que quer me tirar de onde eu quero estar, o vento que não posso evitar e que inevitavelmente me levará para outro lugar. E eu não quero ir.


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