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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sóu, no plural de nós.


Sou, ainda sou a mesma menininha,
Aquela que chorava de contemplação pelas estrelas que não podia alcançar,
~estrelas falsas!~
Sou, ainda sou a mesma menininha,
Aquela que facilmente se perdia por tudo que era belo
~Vi diamantes onde só havia pedaços de vidro!~
Sou, ainda sou a mesma menininha,
Aquela que encontrava barro dourado no quintal e achava que era ouro,
~meu ouro de tolo sempre se desfazia!~
Sou, ainda sou aquela menininha, aquela moça, e aquela mulher também,
Sóu, com nós no plural, no verbo, no sentir e no pensar,
Porque sou tudo o que me constituí,
Sou os postes que pensava serem estrelas, também sou o pedaço de vidro e o barro,
~eu sou um poço ilusório do que eu achei que era!~
Mas, meu caro amigo e leitor, nunca, em nenhum momento se esqueça,
Por favor, por favor, por favor, eu te peço: NÃO SE ESQUEÇA:
Eu também sou a estrela que não alcancei, eu sou o diamante que não poli,
Eu sou todo o ouro que não encontrei, e sobre todas as outras coisas:
Eu sou o que você nunca vai saber, porque eu nasci para ser outra mulher, a que você nunca vai entender,
Eu sou a mulher que você não conheceu, eu sou todos os sonhos que ainda não vivi,
Porque eu sou o meio, o começo e o fim.


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