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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Deixe-me falar!





Hoje estou com um turbilhão de sentimentos e sentidos se alastrando em mim e eu quero muito falar algumas coisas, eu poderia simplesmente enaltecer o que tanto aprecio em você, ou expor em linhas simplesmente tudo aquilo que detesto em você, quando se tem tantos sentimentos assim é muito simples escrever, mas, não quero falar nada disso, ou talvez sim, não sei, eu só sei que eu não gosto disso, e eu to cansada em demasiado para fingir que não me importo, e que não me incomoda, ou que as coisas se resolvem com meros afastamentos ou com súplicas de “ne me quitte pas”, ou muito menos que eu não tento ter nenhuma espécie de diálogo, pelo amor de todos os deuses do Olimpo, sem essa! Não, não é assim, não é com um “tudo bem, isso vai passar” ou algum “é assim e ponto” não, não, não não, PORRA NÃO É ASSIM!

Eu to cansada de não pedir desculpas e não ouvir desculpas, de ver mais orgulho do que diálogo, de ações provindas de subentendimentos, de especulações, da porra do mundo das ideias, eu não sou Platão! Muito menos Narciso, não sou perfeita e nem me importo apenas comigo, não gosto de lamentar comigo mesma no fim da noite pelas coisas não ditas, ou pelas coisas que foram ditas da forma que eu não queria que fossem, que não são entendidas como deveriam, estou cansada de sms mandadas com o coração na mão e nenhuma resposta, e sms de discussões chovendo como se fosse mais fácil dizer um “você está errada” do que um “eu te amo”, o que se ganha com tudo isso? Afastamentos? Então voltamos a esse ponto; esse ponto que ao menos para mim nunca resolveu nada, eu queria mais soluções e menos impossibilidades, eu queria mais esperança, e quem quiser me chamar de fantasiosa e sonhadora que me jogue o primeiro paralelepípedo no meio da testa, acho fundamental para se obter méritos, fixar metas, sonhos, só assim a gente pode conseguir algo, é sonhando que conseguimos alguma coisa, afinal o ser humano tem a dádiva da capacidade teleológica, então, porque não usá-la? Será que não estou sendo realista ao afirmar isso?

Cansada de acreditar num “tudo bem” quando só eu acho que assim está, cansada de me sentir uma babaca quando vejo que não é bem assim, cansada de chegar perto do que almejo e ser jogada para longe, cansada dos empecilhos e das barreiras, são tantas pedras no caminho que as vezes é mais fácil fazer uma muralha do que abrir passagem, do que simplesmente ultrapassá-las e seguir, cansada de tanto não, de obstáculos, de pensar duas, três vezes, cansada o suficiente para querer mudanças drásticas dentro de mim, cansada porque sei que já mudei muita coisa, sei que posso ser bem melhor que isso, que apesar de ser uma menina brincalhona, sou uma mulher forte, uma mulher e tanto! Exijo ser vista por todos e por quem quer que seja dessa forma que sou, e sim, isso é uma imposição, é um grito é um “pelo amor da Deusa me veja como sou” você sabe “me veja como só você é capaz de me ver”, e ao que parece não está vendo, ou está e não está me dizendo, porque há orgulho e tantos outros sentimentos que faz com que a minha imagem seja distorcida absorta em algum lugar que só você pode achar, é um “pelo amor dos anjos, isso pode funcionar!” mas que eu não vou fazer sozinha, porque sei que não quero isso sozinha. Apenas tolos entram em batalhas sozinhos, eu quero menos sonhos e mais concreticidade. Eu quero estar no lugar onde você está e não ter que omitir verdades por orgulhos idiotas que nem sei porque tenho, ou não estar aí por orgulhos bestas teus que você prende a si mesma com tanto afinco, são anos de convivência o suficiente para saber que seu orgulho nunca te trouxe nada de bom, algumas cicatrizes bem amargas talvez, nada mais que isso.

Eu tenho a plena consciência que não tinha aos 18, embora sinta falta de muita coisa daquela época, e como naquela época, ainda me perco em momentos inúteis de pensamentos insensatos, como você entrando por essa porta e me abraçando forte o suficiente para me fazer sufocar e apertando meu braço com força o suficiente para eu sentir que é de verdade, que está ali que estamos juntas nisso, que eu não vou ter que ler e falar besteiras, e que você acredita em mim sem ter medo de qualquer merda do meu passado, e eu da mesma forma conheço você e seu coração, que no fim das contas é quem importa e manda mesmo, que dá sim para enxergar a verdade como ela é, nem que fosse para abrir a cabeça e socar lá dentro as verdades tão claras que estão aqui e ninguém faz questão alguma de enxergar, que isso ainda vale a pena, como a gente sabe que vale a pena.

E pelo amor do sândalo da montanha, me corrija se eu estiver errada, se não for assim, e como for só me diz, “se não faz sentindo, discorde comigo, não é nada demais!” não tem que ser uma troca de farpas e sim de pensamentos, de ideias, não quero felicidades inventadas, nem fantasias encantadas, muito menos prender sofrimentos sufocantes dentro de mim como se fossem meus tesouros, ou saber que você chora e não poder saber os motivos, ah, como se eu não soubesse! Eu queria que você confiasse mais em mim, eu queria que enxergasse que eu não sou o tipo de menina mimada que quebra ao meio ao saber o que não gosta, nem planeja represálias arquitetadas.

Enfim! Gostaria de parar de brincar de esconde esconde e resolver isso como adulta, mas enfim! Enfim! Enfim! Sempre terminamos conversas sérias por essa palavra, não é? E sempre chega a um ponto que não sei o que falar, graças a todas as minhas travações psicológicas, heranças ruins de uma infância fudida e mal lembrada, que não me deixa nem ao menos por para fora as coisas ruins sem entrar em estado de profundo torpor, mas eu também estou cansada de ser espectadora de meus problemas e precisar de Ninffas e Karolinys para falar o que eu penso, não sou uma princesa nem uma femme fatale, sou uma mulher com defeitos e qualidades, com sonhos, desgostos e verdades, e algumas delas estão aqui, para serem lidas, outras para serem engolidas, mas é tudo meu, e de certa forma é tudo para você. 

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