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sexta-feira, 28 de setembro de 2012


 

    Bem, e quem seria eu?
    Sou uma garota, a mesma de sempre, porém nunca igual, continuo gostando da maioria das coisas que sempre gostei, tendo a maioria dos amigos que eu sempre tive, com os mesmos ideais falhos, com a mesma falsa coragem, com as mesmas dores, com os mesmos medos, sempre esperando menos do que recebo para parecer bem, sempre tentando ser melhor, still the same.
    Ainda continuo ouvindo Taylor Swift apaixonadamente, ainda cantando minha vida como se fosse um repertório de um musical bolliwoondyano, ainda jogando videogame, ainda sorrindo pra o mundo, ainda enganando todo mundo, afinal, o que a gente mostra é o que conta, não é? E o que conta mesmo é ser forte o suficiente para ninguém precisar se preocupar demais com você, porque, na verdade ninguém dá a mínima mesmo.
    Ainda com as mesmas manhas e manias, ainda sonhando e sorrindo mais do que deveria, ainda desligada, ainda tão menina, querendo ser tão mulher.
    Ainda tão frágil que me machuco com besteiras, ainda me dói coisas já sabidas, eu e minha maldita mania de achar que as coisas podem melhorar! Ainda precisando desesperadamente de uma dose de realismo que não seja acompanhada de um três litros e meio de lágimas! Mas não me julguem, isso provem de uma alma de artista frustrado, algo como carma de alguma vida anterior, que ficou em alguma taberna morrendo por coma alcoólico (do álcool que nunca gostei de tomar) ou aquela velha tuberculose (vinda, talvez, das gripes anuais mal curadas), ou de algum drama que precisava de um ato final a altura da atriz que nunca consegui ser.
    Ainda sentindo falta de pessoas, ainda me decepcionando com as pessoas, ainda amando pessoas, ainda não gostando de pessoas, ainda me sentindo estranha a tudo e qualquer coisa, ainda achando que não encontrei – e provavelmente – nunca encontrarei meu lugar, se é que ele está nesse mundo.
    Ainda amando desenfreadamente, ainda correndo os riscos, ainda errando bestialmente, ainda querendo concertar, ainda esperando ansiosa por aquele caminhão na encruzilhada que nunca chega para me acertar, ainda tão menina pra saber lidar com as coisas da vida, mas tão mulher pra saber a importância de sentir cada uma delas.
    Ainda escrevendo sobre a vida, sobre o real, o surreal, o idealístico, o amor, o desamor, a dor, o rancor, ainda dando risada de alguns idiotas, ainda me perguntando porque algumas pessoas saíram de minha vida ou porque algumas entraram, dando graças aos céus por algumas terem permanecido, ainda querendo conhecer mais sobre essa força que nos move, ainda querendo descobrir a verdadeira força dela, da minha verdadeira força, ainda achando que o melhor estar por vir, entendendo na maioria das vezes que as coisas comigo tendem a não darem certo mesmo, sou um desastre ambulante e a minha pior inimiga, e a única redentora de meus pecados, sendo eu também a única com propriedade suficiente para me julgar e me perdoar.
    Ainda chorando que nem criança, querendo fortemente voltar a ser criança, ainda olhando pra esses serzinhos barulhento e pensando ‘darlin, don’t never grow up!’ a vida é para eles é tão mais fácil, porque temos que crescer e complicar tudo? As vezes só sinto falta de um pouco de simplicidade.
    As vezes acho já vi tudo que precisava ver, que sei da vida mais do que qualquer outra mulher de 23 anos ousaria saber, freqüentemente vejo que estou errada, mas isso ainda me faz mais madura do que muita balzaquiana que tem por ai! Ainda sou compromissada com o que quero de verdade, ainda sou teimosa, no pior e melhor da palavra, ainda acho tudo divertido, ainda me sinto tão deslocada como um shinigami no mundo dos humanos, a verdade é que eu ainda estou aprendendo a sentir, e ainda sou a pessoa mais platônica que posso um dia conhecer.
    Acho, as vezes, que nunca vou sentir nada de verdade, as vezes acho sou uma grande piada, as vezes acho que sou um poço de benevolência, as vezes, uma foça de egoismo, as vezes acho que ninguém, por mais que diga o contrário me conhece de verdade, porque, nem eu mesma sou capaz de me conhecer, eu sou várias, certo? E elas vivem lutando dentro de mim, uma guerra interna sem fim e sem lógica, qual dessas meninas vai dominar no fim? Eu não sei! Até hoje eu só acho! Mas sei que tudo isso é viver, com as dúvidas, conflitos, incertezas, inseguranças, dramas, não importa, eu posso estar mentindo para mim mesma ao dizer qualquer coisa, porque, o que eu sei de verdade então? A úncia coisa que sei é que nasci para morrer, e uma vida só não é o suficiente para toda a complexidade de uma alma, mas estamos aqui para aprender.
    Esta sou eu, sincera o suficiente para estar mentindo.

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