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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu tinha que disfarçar minha euforia ao subir as escadas para te encontra, meu Deus, como você estava linda!




Posso lembrar da forma como seus olhos brilhavam, ali, encostada naquela parede como quem quer nada, mas que pode causar turbulências cataclismáticas com apenas uma troca de olhar. Lembro-me como tua boca me chamava, como também posso me lembrar da forma como meu coração batia acelerado, descabido, pulsando euforicamente, pois, ele sabia o que queria e sabia que finalmente poderia, mas ainda havia aquele pequeno medo no fundo do estomago, não; eram borboletas batendo as asas desesperadamente. Elas também sabiam que podiam, mas, todos meus desejos, reprimidos e escondidos por anos estavam ali, indo embora como se nunca tivessem existido, como se tempo algum tivesse passado, como se não fossem anos, e sim segundos; como aqueles que antecederam o momento em que esperávamos e estava prestes a acabar.

Com toda a calma que a pressa permitia, me joguei em seus braços e te beijei com força, digo, até com certa violência, nossos corpos não se permitiam mais esperar qualquer segundo que fosse, e sua boca tocou a minha, e minha mão tocou sua nuca, e sua mão envolveu minha cintura de tal forma que o mundo ao redor nem existia mais, nem o risco de alguém nos ver, deve ter durado menos tempo do que eu me dava conta, para mim o tempo simplesmente tinha se congelado, até que abri meus olhos, e olhei pra você, vi como meu corpo inteiro tremia; exatamente como aconteceu na primeira vez que vi você, as mesmas faíscas voando, aquele mesmo sentimento que mal cabia em mim, que me transbordava.

Sorri meio de lado e te puxei para subir as escadas, amigos nos esperavam, e tudo voltara a seu devido eixo, sua boca na minha: nada melhor.

E minha orbita girava exatamente em seu lugar.

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