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domingo, 16 de setembro de 2012

A noite que foi passada em claro, tristemente amanheceu,




Aquela linda noite fria e sóbria foi sendo usurpada, em seu lugar, um triste e claro céu melancólico, quase sem estrelas, porque aquela estrela, aquela, que eu já não falo o nome estava lá, a testemunha ocular do corpo cansado que se recusava a ter descanso, pelo simples fato de pensar, de não querer, mas,  no mesmo modo não conseguir se desconectar,
olhos admiravam a janela, a mesma janela que costumava nem notar, em outras madrugadas insones, produzidas por outros motivos, que com tristeza são presentes passados demais para serem lembrados, queridos e lamentados, quando tudo está tão diferente não se resta muita coisa a fazer, para alguns resta chorar, mas não faço (mais) o tipo de pessoa que contenta e se alivia com lágrimas, mas tento viver da melhor forma possível com o que eu tenho, com o que conquisto e é meu por direito, para assim, talvez viver novas madrugadas, menos tristes, menos melancólicas, que não sejam acompanhadas de escuridão e luz, de silêncio e música, pois essa, ah, essa alivia a alma de uma forma tão sublime que nem se sente as horas  passando, pra que servem as horas?
Para contar o tempo não gasto, o tempo despediçado, o tempo que em outras ocasiões seria tão bem vindo, mas que logo se desvaneceu.
Para que ele desvanece? Para nos tornar melancólicos.
Para que a melancolia? Para ouvirmos músicas em noites insones e não conseguir chorar.
Para que serve não chorar?
Eu não sei, mas incomoda.
                                                 

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